J. Health Biol. Sci. (Online); 4 (4), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta apresenta-se como um reservatório potencial de microorganismos. Através dessa pesquisa, busca-se avaliar as chupetas utilizadas por crianças, com o propósito de detectar os microorganismos mais prevalentes e, a partir disso, planejar estratégias de prevenção, controle e redução de possíveis enfermidades na infância. Métodos:
Foi realizado um estudo prospectivo, descritivo e observacional com fontes de dados primários, obtido por meio da análise de chupetas. O grupo em estudo era constituído por crianças de ambos os sexos, com idade entre um a seis anos, matriculados em escola municipal de ensino infantil, em Santa Cruz do Sul. Resultados:
Foram analisadas 72 chupetas de crianças com idade média de 3,46 anos, sendo 51,39%, do sexo masculino. Em quatro amostras foram encontradas Candida albicans, não sendo detectados enteroparasitas. Foi observado que 9,72% das chupetas nunca são limpas antes de serem oferecidas à criança e mais de 20% delas não são guardadas em local adequado. A água consumida pela criança na própria residência foi oriunda da torneira em 70,83% e filtrada em 13,88% dos casos. Na escola, a água consumida era apenas da torneira. Observou-se que 9,32% das mães tinham conhecimento vago sobre a transmissão de parasitas pela chupeta. Conclusões:
A prevalência de enteropatógenos detectados nas chupetas estudadas foi menor do que a descrita na literatura, porém o estudo demonstra a necessidade de um melhor esclarecimento aos pais quanto aos cuidados para prevenção de enfermidades e sobre os malefícios que o uso da chupeta pode ocasionar. (AU)
Introduction:
Like any other object inserted in the mouth, the pacifier is presented as a potential reservoir of microorganisms. Through this research, we seek to evaluate the pacifiers used by children for the purpose of detecting the most prevalent microorganisms and, from that, to plan strategies for prevention, control and reduction of possible diseases in childhood. Methods:
A prospective, descriptive and observational study with primary data sources, obtained by pacifiers analysis was performed. The study group consisted of children of both sexes, aged one to six years, enrolled in public school in kindergarten, in Santa Cruz do Sul. Results:
We analyzed 72 dummies of children with an average age of 3.46 years, and 51.39% male. In four samples were found Candida albicans, not being detected intestinal parasites. It was observed that 9.72% of pacifiers are never cleaned before being offered to children and more than 20% of them are not stored in a suitable place. The water consumed by the child’s own home was coming from the tap at 70.83% and filtered in 13.88% of cases. At school, the water consumed was just the tap. It was observed that 9.32% of the mothers had vague knowledge about the transmission of parasites by pacifiers. Conclusions:
The prevalence of enteric pathogens detected in the studied pacifiers was lower than that reported in the literature, but the study shows the need for a better understanding to parents and care for disease prevention and about the harmful effects that the use of pacifiers can cause. (AU)