Qualidade de vida de pacientes pseudofácicos submetidos à cirurgia de catarata com implante de lente intra-ocular acomodativa
Quality of life of pseudophakic patients with accommodative intraocular lens implant

Arq. bras. oftalmol; 67 (3), 2004
Publication year: 2004

OBJETIVO:

Avaliar a função visual e satisfação dos pacientes submetidos à cirurgia de catarata com implante de lente intra-ocular acomodativa e o impacto na sua qualidade de vida.

MÉTODOS:

Retrospectivamente, foram avaliados questionários aplicados após um ano da cirurgia de 22 pacientes que foram incluídos num estudo clínico para avaliar segurança e eficácia de uma lente intra-ocular de silicone de câmara posterior designada para corrigir visão para longe e perto.

RESULTADOS:

Do total dos pacientes operados, 16 (73 por cento) eram bilaterais e 6 (27 por cento) unilaterais, com idade média de 70,2 anos. Dos pacientes com implante unilateral, 5 (83,3 por cento) declararam melhora acentuada da visão e 1 (16,7 por cento) referiu máxima melhora. Quanto ao nível de satisfação, 5 (83,3 por cento) ficaram satisfeitos e 1 (16,7 por cento) muito satisfeito com o resultado cirúrgico. A visão noturna foi declarada como sem dificuldade por 3 (50,0 por cento), pouca dificuldade por 2 (33,3 por cento) e dificuldade moderada por 1 (16,7 por cento). No grupo bilateral, 7 (43,8 por cento) consideraram excelente a qualidade da visão para perto, 7 (43,8 por cento) muito boa, 1 (6,2 por cento) adequada e 1 (6,2 por cento) ruim. A visão intermediária foi classificada como excelente por 6 (37,5 por cento), muito boa por 9 (56,3 por cento) e adequada por 1 (6,2 por cento). A qualidade da visão para longe foi considerada excelente por 9 (56,3 por cento), muito boa por 3 (43,8 por cento), adequada por 2 (12,5 por cento) e não muito boa por 2 (12,5 por cento). Em relação à visão noturna 9 (56,3 por cento) declararam não ter dificuldade alguma, 5 (31,2 por cento) pouca dificuldade e 2 (12,5 por cento) dificuldade moderada.

CONCLUSÕES:

Considerando a propriedade óptica da LIO, a maioria dos pacientes apresentou uma melhora considerável da função visual, sem a necessidade de correção óptica, e, portanto, com impacto positivo na qualidade de vida.

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