Medicina (Ribeiräo Preto); 50 (4), 2017
Publication year: 2017
Modelo do Estudo:
Foi realizado um estudo individual, analítico, observacional, longitudinal prospectivo,
controlado, estudo de coortes concorrente, realizado no período de abril de 2013 a novembro de
2014. Objetivo:
Avaliar a microbiota presente no exudato da úlcera venosa de pacientes com “Bota de
Unna” e a sua resistência aos antimicrobianos. Métodos:
Foram coletadas amostras do exudato de
feridas de pacientes com o uso de “Bota de Unna” e de terapia tópica durante a troca do curativo e após
sete dias. Os micro-organismos isolados foram identificados e testados quanto à susceptibilidade a
antimicrobianos: Resultado: Os micro-organismos Gram positivos isolados foram: S. aureus, E. faecalis,
S. xylosus e S. haemolyticus. Os micro-organismos Gram negativos foram: E. coli, P. aeruginosa, S.
plymuthica, P. mirabilis, K. pneumoniae, K. oxytoca, P. stuartii, P. vulgaris, A. hydrophila, S. marcescens,
A.baumannii, E. cloacae e Tatumella sp. O percentual de crescimento e a microbiota no exudato da
úlcera após sete dias não foi significante entre os dois tipos de curativo. O aumento de resistência dos
cocos Gram positivos aos antimicrobianos testados nos pacientes que utilizam a “Bota de Unna” foi
maior do que nos pacientes sem bota (p=0,0093). Conclusão:
O número de micro-organismos na
microbiota do exudato da úlcera venosa após troca do curativo é maior independentemente do tipo do
curativo. Os cocos Gram-positivos apresentam aumento de resistência aos antimicrobianos nos pacientes
que utilizam a “Bota de Unna” (AU)
Model Study:
A special analytical observational prospective longitudinal and controlled study of concurrent
cohort was conducted from April 2013 to November 2014. Objective:
To evaluate the microbiota
present in the secretion of venous ulcer patients with “Unna Boot” and their resistance to antimicrobials.
Methods:
secretion samples were collected from wounds of patients with and without the use of “Unna
Boot” and topic therapy during the dressing change and after seven days. The isolated microorganisms
were identified and tested for antimicrobial susceptibility:
Result: The isolated Gram-positive microorganisms
were: S. aureus, E. faecalis, S. haemolyticus and S. xylosus. Gram-negative microorganisms
were E. coli, P. aeruginosa, S. plymuthica, P. mirabilis, K. pneumoniae, K. oxytoca, P. stuartii, P. vulgaris, A. hydrophila, S. marcescens, A. baumannii, E. cloacae and Tatumella sp. The growth percentage
and the microbiota in the secretion of the ulcer after seven days was not significant between the two
types of dressing. The resistance of Gram-positive cocci to antimicrobials in patients using the “Unna
Boot” was higher than in patients without boot (p = 0.0093). Conclusion:
The number of microorganisms
in microbial secretion venous ulcer after dressing change is higher regardless of the type of dressing.
The positive cocci increased antimicrobial resistance in patients using the “Unna Boot”.(AU)