Dor pós-operatória em hospital universitário: perspectivas para promoção de saúde
Postoperative pain at a university hospital: perspectives toward health promotion
Dolor postoperatorio en hospital universitario: perspectivas para la promoción de la salud

Rev. bras. promoç. saúde (Online); 30 (4), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

Avaliar a prevalência, os fatores influentes e a magnitude da dor pós-operatória (DPO) em pacientes atendidos em um hospital universitário.

Métodos:

Realizou-se estudo prospectivo e transversal envolvendo 100 pacientes submetidos a diferentes procedimentos cirúrgicos, no período de março a maio de 2016, entrevistados nas primeiras 24 horas do pós-operatório e avaliados através de uma escala visual numérica (EVN).

Resultados:

As cirurgias mais comuns encontradas são: cesárea, apendicectomia, prostatectomia, tireoidectomia total e osteossíntese; e as anestesias: raquianestesia e geral balanceada, sendo a prevalência de DPO menor quando usada a raquianestesia. Dos pacientes, 43% (n = 43) declararam DPO, com prevalência de 44% (n = 14) para o sexo masculino e 43% (n = 29) para o feminino. Entre esses, 30% (n = 13) classificaram a DPO como de intensidade forte, 53,5% (n = 23) classificaram como moderada, e 14% (n = 6), leve. Houve maior prevalência de DPO nas faixas etárias de 25-34 e 55-64 anos, e relações causais significativas entre o sexo do paciente e as variáveis diagnóstico, tipo de cirurgia, local ou intensidade da dor. Além disso, o local da DPO relacionou-se com a faixa etária ou tipo de cirurgia, e a intensidade se relacionou com a faixa etária.

Conclusão:

A dor pós-operatória no hospital universitário em questão se apresentou prevalente em pacientes de ambos os sexos e dependente da faixa etária, da heterogeneidade de procedimentos cirúrgicos e de protocolos anestésicos, sendo a de intensidade moderada a mais identificada.

Objective:

To evaluate the prevalence, influential factors and intensity of postoperative pain (POP) in patients attended to at a university hospital.

Methods:

A prospective, cross-sectional survey was carried out involving one hundred patients who underwent different types of surgical procedures in the period from March to May 2016, and were interviewed within the first 24 hours of the postoperative period, and evaluated with use of a visual numerical scale.

Results:

The most common types of surgery were: cesarean section, appendectomy, prostatectomy, total thyroidectomy and osteosynthesis; while the anesthesias were the spinal anesthesia and the general balanced anesthesia, with a lower prevalence of POP when spinal anesthesia was adopted. Of the patients, 43% (n = 43) reported POP, with a prevalence of 44% (n = 14) in the male sex and 43% (n = 29) in the female sex. Among these, 30% (n = 13) classified the POP as a strong-intensity pain, 53.5% (n = 23) classified it as moderate, and 14% (n = 6), as mild. There was higher prevalence of POP in the age ranges of 25-34 and 55-64 years, and significant causal association between the variables diagnosis, type of surgery, pain site and intensity. Moreover, the location of the POP was significantly related to the age range or type of surgery, and its intensity was related to the age range.

Conclusion:

The postoperative pain in the university hospital in question proved prevalent in patients of both sexes and was dependent on the age range, the heterogeneity of surgical procedures, and the anesthetic protocols, with the moderate-intensity pain as the most identified one.

Objetivo:

Evaluar la prevalencia, los factores que influyen y la magnitud del dolor postoperatorio (DP) de pacientes asistidos en un hospital universitario.

Métodos:

Se realizó un estudio prospectivo y transversal con 100 pacientes sometidos a distintos procedimientos quirúrgicos en el período entre marzo y mayo de 2016 los cuales fueron entrevistados en las primeras 24 horas del postoperatorio y evaluados con una escala visual numérica (EVN).

Resultados:

Las cirugías más comunes son: la cesarea, la apendicectomía, la prostatectomía, la tireoidectomía total y la osteosíntesis; y las anestesias: la raquianestesia y anestesia general balanceada, con menos prevalencia de DP cuando se usa la raquianestesia. De entre los pacientes, el 43% (n = 43) declararon DP con prevalencia del 44% (n = 14) para el sexo masculino y del 43% (n = 29) para el femenino. Entre ellos el 30% (n = 13) han clasificado el DP de intensidad fuerte, el 53,5% (n = 23) de moderada y el 14% (n = 6) leve. Hubo mayor prevalencia de DP en las franjas de edad entre 25-34 y 55-64 años y relaciones causales significativas entre el sexo del paciente y las variables diagnóstico, tipo de cirugía, local o intensidad del dolor. Además de eso, el local del DP se relacionó con la franja de edad o el tipo de cirugía y la intensidad se ha relacionado con la franja de edad.

Conclusión:

El dolor postoperatorio en ese hospital universitario se más presentó en pacientes de ambos los sexos y dependiente de la franja de edad, de la heterogeneidad de los procedimientos quirúrgicos y de los protocolos anestésicos siendo el dolor de intensidad moderada el que ha sido más identificado.

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