Rev. AMRIGS; 58 (3), 2014
Publication year: 2014
Introdução:
A sífilis gestacional apresenta prevalência alta e é uma das principais causas de morte em recém-nascidos. O objetivo
do estudo foi analisar a prevalência de VDRL reagente no período gestacional ou na ocasião do parto em dois períodos distintos e
realizar avaliação do perfil sócio-demográfico e epidemiológico das puérperas portadoras de sífilis. Métodos:
Estudo de natureza
descritiva, abordagem quantitativa exploratória, retrospectiva e comparativa, realizado através da revisão de prontuários de internação
de um hospital no interior do estado do Rio Grande do Sul. Resultados:
No período de dois anos de estudo, foi avaliado um total de
3508 prontuários de puérperas, dos quais 56 (1,6%) eram casos de VDRL reagente no parto ou durante a assistência pré-natal. Entre
os casos de VDRL reagente, foram confirmados como SC 6 (25%) em 2012 e 25 casos (73,5%) em 2013. Com relação aos dados de
feto morto, identificaram-se 6 (2,5%) em 2012 e 5 (1,4%) em 2013. Conclusões:
O estudo indicou uma baixa prevalência de pacientes
VDRL reagentes em relação aos dados estaduais e nacionais encontrados; no entanto, ainda há falhas de controle da sífilis congênita.
A sífilis gestacional esteve associada à baixa escolaridade, ausência de parceiro e atividade do lar. Há necessidade de melhoria das
informações registradas nos prontuários e nos cartões de gestantes (AU)
Introduction:
Gestational syphilis is highly prevalent and is a leading cause of death in newborns. The aim of this study was to analyze the prevalence
of positive VDRL during pregnancy or at birth in two distinct periods and perform an assessment of the socio-demographic and epidemiological profile of
puerperal syphilis. Methods:
A descriptive study with an exploratory, retrospective and comparative quantitative approach, performed by reviewing medical
records of inpatients in a hospital in the countryside of Rio Grande do Sul. Results:
Within two years of study, a total of 3508 records of postpartum
women were evaluated, of whom 56 (1.6%) were cases of positive VDRL in childbirth or during prenatal care. Among the cases of positive VDRL, 6
(25%) were confirmed as CS in 2012 and 25 cases (73,5%) in 2013. Regarding the data of dead fetus, we identified 6 (2.5%) in 2012 and 5 (1.4%)
in 2013. Conclusions:
The study showed a low prevalence of VDRL-positive patients as compared to state and national data; however, there still are
failures in the control of congenital syphilis. Gestational syphilis was associated with low education, lack of partner and household activity. There is need to
improve the information recorded in the medical records and cards of pregnant women (AU)