Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 11 (38), 2016
Publication year: 2016
Objetivo:
Descrever os fatores sociodemográficos e ocupacionais e avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns em trabalhadores das Estratégias de Saúde da Família (ESF) em Santa Cruz do Sul, RS. Métodos:
Estudo com abordagem epidemiológica, de corte transversal e quantitativo, realizado no período de junho a agosto de 2013. Foram avaliados 83 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, atuantes nas 11 unidades de saúde da família do município. O instrumento de pesquisa constituiu-se em um questionário autoaplicável, englobando aspectos sociodemográficos, ocupacionais e questões pertencentes ao Self-Reporting Questionnaire. Resultados:
A idade média dos participantes foi de 37,1±8,9 anos, sendo a maioria agentes comunitários de saúde, do sexo feminino, casadas, com filhos, renda per capita de até 2 salários mínimos e ensino médio completo. A prevalência geral de transtorno mental comum foi de 19,7%, estando presente em todas as categorias profissionais, e mais frequente entre os enfermeiros (25%), porém sem diferenças estatísticas. Conclusão:
O presente estudo, além de caracterizar a população de trabalhadores das ESF de Santa Cruz do Sul, RS, em seus aspectos sociodemográficos e ocupacionais, identificou que o sofrimento psíquico está presente, embora em graus variados, em todas as categorias profissionais avaliadas. Frente a esses achados relevantes, sugerem-se providências que visem à prevenção e promoção da saúde mental desses profissionais.
Objective:
The purpose of this study was to measure the prevalence of common mental health disorders among employees of the Family Health Strategy in Santa Cruz do Sul, RS, and to describe sociodemographic and occupational factors associated with these disorders. Methods:
This was a cross-sectional, quantitative study, conducted from June to August 2013. In total, 83 employees, who worked at 11 family health units in the city, participated. Participants included doctors, nurses, technicians/nursing assistants, and community health workers. The survey was conducted using a self-administered questionnaire about sociodemographic and occupational issues as well as the matters related to the Self-Reporting Questionnaire. Results:
The average age of participants was 37.1±8.9 years. The majority of community health workers were female workers who were married, had children, had a per capita income of up to 2 minimum wages, and had completed high school. The general prevalence of common mental health disorders was 19.7%. Mental health disorders were present in all occupational categories, but were more frequent among male nurses (25%), although this was not statistically significant. Conclusion:
This study, in addition to characterizing the population of employees of the Family Health Strategy in Santa Cruz do Sul, RS, in terms of demographic and occupational characteristics, found that psychological distress was present, to varying degrees, in all professional categories evaluated. Given the high prevalence of mental health disorders among these employees, measures are required to ensure the protection and promotion of mental health in this setting.
Objetivo:
Se ha objetivado describir a los factores sociodemográficos y ocupacionales y evaluar la prevalencia de trastornos mentales comunes en trabajadores de las Estrategias de Salud de la Familia en Santa Cruz do Sul, RS. Métodos:
Estudio con abordaje epidemiológico, de corte transversal y cuantitativo, llevado a efecto en el periodo de junio a agosto del 2013. Han sido evaluados 83 trabajadores, entre médicos, enfermeros, técnicos y auxiliares de enfermería y agentes comunitarios de salud pública, que actúan en las 11 unidades de salud de la familia en el municipio. El instrumento de investigación constituyó de un cuestionario auto aplicable, que abarca aspectos sociodemográficos, ocupacionales y cuestiones pertenecientes al Self-Reporting Questionnaire. Resultados:
La edad promedia de los participantes fue de 37,1±8,9años, siendo los más, agentes comunitarios de salud, del sexo femenino, casadas, con hijos, ingreso per cápita de hasta dos sueldos mínimos y enseñanza media cumplida. La prevalencia general de trastorno mental común ha sido del 19, 7%, estando presente en todos los rangos profesionales y más frecuente entre los enfermeros (25%), pero sin distinciones estadísticas. Conclusión:
Este estudio, además de la caracterización de la población de empleados de Estrategias de Salud de la Familia de Santa Cruz do Sul, RS, en sus características demográficas y ocupacionales, se encontró que la angustia psicológica se encuentra presente, aunque en distintos grados, en todas las categorías profesionales evaluados. Frente a la prevalencia elevada de trastornos mentales, se sugiere providencias con vistas a la prevención y promoción de la salud mental de esos profesionales.