Utilização da Classificação Internacional em Atenção Primária no mundo
Worldwide Usage of International Classification of Primary Care
El uso de la Clasificación Internacional de la Atención Primaria en el mundo

Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 11 (38), 2016
Publication year: 2016

Objetivo:

Caracterizar a utilização mundial da Classificação Internacional em Atenção Primária (CIAP) e outras classificações de saúde ao nível da Atenção Primária à Saúde (APS) e identificar especificidades de utilização em cada país.

Métodos:

Questionário de autopreenchimento enviado a membros do Comitê Internacional de Classificações da WONCA (WICC) e médicos de família de cada um dos países reconhecidos como tal pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Resultados:

Obtiveram-se contatos de e-mail de representantes de 109 países e foram recebidas 61 respostas (de 259 pedidos de colaboração enviados) de 52 diferentes países: 30 da Europa, 8 da Ásia, 7 da América, 6 de África e um da Oceania. Em 34 países (17%), há uma versão da CIAP disponível na língua nacional. A CIAP é usada na APS em 27 países (14%), mas é obrigatória em apenas 6 (3%). Em relação aos tópicos contabilizados nos registos clínicos, 10 países usam-na para classificar unicamente motivos de consulta e problemas e apenas 5 usam CIAP para classificar motivos de consulta, problemas e procedimentos. Em relação aos 24 países que responderam não utilizar a CIAP ao nível da APS, 19 países utilizam a Classificação Internacional de Doenças (CID) 10ª edição, 3 referem utilizar outras classificações e 2 países não utilizam qualquer classificação.

Conclusões:

Embora a taxa de resposta ao questionário tenha sido baixa, podemos inferir que a utilização da CIAP a nível mundial não é generalizada. Mesmo considerando os países que aplicam a CIAP na APS, a maioria não o faz de forma obrigatória.
To describe the worldwide use of the International Classification of Primary Care (ICPC) and other classifications in primary care settings and to identify details of ICPC use in each country.

Methods:

A research survey with a questionnaire requiring self-completion was emailed to members of the WONCA International Classification Committee (WICC) and family physicians (FP) from each country recognized by the United Nations (UN).

Results:

We obtained the e-mail addresses of representatives from 109 countries and received 61 responses (out of 259 requests sent) to the questionnaire from 52 different countries; 30 were obtained from Europe, 8 from Asia, 7 from America, 6 from Africa, and 1 from Oceania. In 34 countries (17%), a version of ICPC was available in a national language. ICPC was used in primary care setting in 27 countries (14%), but it was a mandatory standard in only 6 (3%). Assessment of the topics accounted for in the clinical records showed that 10 countries used ICPC to classify the patient’s reasons for encounter and diagnosis, while just 5 countries used ICPC to classify the patient’s reasons for encounter, diagnosis, and processes of care. Of the 24 countries responding that the use of ICPC for clinical records was not promoted in primary care, 19 used the 10th edition of the International Classification of Diseases (ICD), 3 used other classifications, and 2 did not use any classification.

Conclusions:

Although the response rate to the questionnaire was low, we concluded that ICPC use is not widespread globally. Even for those countries reporting the use of ICPC in primary care, it is usually not a mandatory standard.

Objetivos:

Caracterizar la utilización mundial de la Clasificación Internacional en Atención Primaria (CIAP) y otras clasificaciones al nivel de la atención primaria de salud (APS) e identificar características específicas de uso en cada país.

Métodos:

Cuestionario de auto-realización enviado a los miembros de la Comité Internacional de Clasificaciones de la WONCA (WICC) y a los médicos de familia de cada uno de los países reconocidos por la Organización de las Naciones Unidas (ONU).

Resultados:

Fueran obtenidos los contactos por correo electrónico de los representantes de 109 países y se recibió 61 respuestas al cuestionario (de 259 solicitudes enviadas) de 52 países distintos: 30 de Europa, 8 de Asia, 1 de Oceanía, 6 de África 7 de América. En 34 países (17%) hay una versión de la CIAP que está disponible en un idioma nacional. CIAP se maneja en la atención primaria en 27 países (14%), pero es obligatoria en solamente 6 (3%). En relación a los tópicos contabilizados en los registros clínicos, 10 países utilizan la CIAP para clasificar solamente los motivos de consulta y el diagnóstico, mientras 5 la utilizan para clasificar motivos de consulta, diagnóstico y procedimientos. Cuanto a los 24 países que respondieron no utilizar la CIAP en la APS, 19 países dijeran utilizar la Clasificación Internacional de Enfermedades (CIE) 10ª edición, de las restantes 3 usaban otras clasificaciones y 2 ninguna clasificación.

Conclusiones:

Aunque la tasa de respuesta al cuestionario tenga sido baja, podemos concluir que el uso de la CIAP a nivel mundial no es generalizado. Incluso considerando los países que utilizan CIAP en atención primaria, en su mayoría no lo hacen de forma obligatoria

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