Rev. AMRIGS; 58 (3), 2014
Publication year: 2014
Introdução:
O número de nascimentos prematuros cresceu nos últimos anos, aumentando a morbimortalidade infantil. Sabe-se que estes
estão mais sujeitos a problemas futuros, devido à pouca maturidade de órgãos e ao baixo peso ao nascer. Contudo, a interação do indivíduo
com o ambiente familiar e social também influencia no desenvolvimento e comportamento. O estudo avaliou crianças entre cinco e 11
anos de idade em acompanhamento no ambulatório de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas nascidas
prematuras ou com baixo peso ao nascer e avaliou o perfil cognitivo e comportamental. Método:
Participaram do estudo 47 crianças,
sendo 11 prematuras e 36 nascidas a termo. Os instrumentos de avaliação utilizados foram:
uma escala de Avaliação de Sintomas de Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o MTA SNAP-IV e o Questionário de Habilidades e Dificuldades (SDQ). Para avaliação
econômica, utilizou-se o Critério de Classificação Econômica Brasil – ABEP. Utilizou-se ainda o teste das matrizes progressivas de Raven
para estimar o quociente intelectual e um questionário com dados do histórico da criança, gestação e antecedentes dos pais. Resultados:
Foi observada diferença estatisticamente significativa entre crianças a termo e prematuras, no sintoma impulsividade e e nos sintomas de
transtorno de conduta, além de uma maior pontuação nos sintomas psiquiátricos em geral. Conclusão:
Os achados sugerem que crianças
prematuras apresentam maior prevalência de problemas de comportamento do que as nascidas a termo (AU)
Introduction:
The number of preterm births has grown in recent years, increasing infant morbidity and mortality rates. It is known that preterm infants
are more prone to future problems due to low maturity of organs and low birth weight. However, the interaction of the individual with the family and social
environment also influences the development and behavior. This study assessed the cognitive and behavioral characteristics of children with low weight between 5
and 11 years as pediatric outpatients cared for in the School of Medicine, Federal University of Pelotas. Method:
The study included 47 children, 11 preterm
and 36 term born. The assessment instruments used were the MTA SNAP-IV – Assessment Scale of Symptoms of Attention Deficit Hyperactivity
Disorder (ADHD) and the Skills and Difficulties Questionnaire (SDQ). For socioeconomic evaluation, we followed the Economic Classification Criterion
Brazil – ABEP. We also used Raven’s Progressive Matrices and a questionnaire with the child’s historical data, gestation, and parental background. Results:
A statistical difference between preterm and full-term children was observed in the symptom impulsivity and conduct disorders as well as a higher score in psychiatric
symptoms in general. Conclusion:
The findings suggest that preterm infants have a higher prevalence of behavior problems than those born at term (AU)