Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 11 (38), 2016
Publication year: 2016
Objetivo:
Analisar conhecimentos, atitudes e prática de médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da FamÃlia (ESF) em relação à incontinência urinária (IU) feminina. Métodos:
O estudo foi realizado nas 19 equipes da ESF de um municÃpio no interior paulista, as quais possuÃam 41 profissionais elegÃveis (22 médicos e 19 enfermeiros). Foi desenvolvido e utilizado um questionário autoaplicável com questões sobre conhecimentos, atitudes e prática dos profissionais na atenção à s mulheres com IU. Resultados:
Responderam ao questionário 33 profissionais (80% da população alvo), sendo 15 médicos e 18 enfermeiros. A maioria dos participantes possuÃa um nÃvel de conhecimento adequado em relação à propedêutica clÃnica da IU e considerou que suas atribuições englobam a investigação diagnóstica e o tratamento da IU não complicada. Entretanto, uma parcela significativa desconhecia os exames complementares e a conduta terapêutica para a abordagem inicial das mulheres com IU, principalmente naquelas com IU de Urgência. Quanto à prática, um número expressivo desses profissionais não prescrevia exercÃcios de fortalecimento do assoalho pélvico, não realizava ações de educação em saúde com as mulheres ou promovia atividades de educação permanente com a equipe de trabalho. Conclusão:
Os déficits de investigação diagnóstica e tratamento da IU feminina identificados sugerem a necessidade de educação permanente e integração de equipes de apoio matricial à ESF, a fim de promover um cuidado mais integral à população. Tais equipes podem ser provenientes dos Núcleos de Apoio à Saúde da FamÃlia (NASF) e/ou de parcerias com as universidades locais.
Objective:
To examine knowledge, attitudes and practice of physicians and nurses of the Family Health Strategy (FHS) regarding female urinary incontinence (UI). Methods:
This study was performed in the 19 teams of FHS from a city in the interior of São Paulo state, which had 41 eligible professionals (22 physicians and 19 nurses). A self-application questionnaire with questions regarding knowledge, attitudes and practice of the professionals in the assistance to women with UI was developed and used. Results:
Answered to the questionnaire 33 professionals (80% of the target population), being 15 physicians and 18 nurses. Most of the participants had an adequate level of knowledge related to propaedeutic clinics and considered that their attributions include diagnostic investigation and treatment of non-complicated UI. However, a large number of them did not know complementary tests and treatments for the initial management of UI in women, especially for Urgency UI. Regarding the practice, a significant amount of these professionals did not prescribe pelvic-floor strengthening exercises, perform popular education in health actions with women, nor promote permanent education within the health team in their working places. Conclusion:
Deficits related to the diagnostic investigation and treatment of female UI identified suggest the requirement for permanent education and integration of matrix support teams to the FHS, in order to promote a more integrated care to the population. These teams can be from the Support Centre for Family Health (NASF) and/or from the partnership with local universities.
Objetivo:
Analizar conocimientos, actitudes y prácticas de médicos y enfermeros de la Estrategia de Salud Familiar (ESF) en relación a la incontinencia urinaria (IU) femenina. Métodos:
El estudio se hizo en los 19 equipos de la ESF de un municipio del estado de São Paulo, que poseÃa 41 profesionales habilitados (22 médicos y 19 enfermeros). Fue desarrollado y utilizado un cuestionario auto aplicable con preguntas sobre conocimientos, actitudes y prácticas en la atención a las mujeres con IU. Resultados:
Respondieron al cuestionario 33 profesionales (80% de la población blanco), siendo 15 médicos y 18 enfermeros. La mayorÃa tenÃa un nivel de conocimiento adecuado sobre la propedéutica clÃnica de la IU y consideraban que sus atribuciones engloban la investigación diagnóstica y el tratamiento de la IU no complicada. Sin embargo, una parte significativa desconocÃa los exámenes complementarios y la conducta terapéutica para el abordaje inicial de las mujeres con IU, principalmente aquellas con IU de Urgencia. Destacando la práctica, un número significativo de los profesionales no prescribÃa ejercicios de fortalecimiento del suelo pélvico, no realizaban acciones de educación en salud con las mujeres o promovÃan educación permanente con el equipo de trabajo. Conclusión:
Las carencias de investigación diagnóstica y tratamiento de la IU femenina identificados sugieren la necesidad de educación permanente y integración de equipos de apoyo matricial a la ESF, para proveer un cuidado más integral a la población. Tales equipos pueden ser de los Núcleos de Apoyo a la Salud Familiar (NASF) y/o de asociaciones con las universidades locales.