Os atuais desafios da Atenção Domiciliar na Atenção Primária à Saúde: uma análise na perspectiva do Sistema Único de Saúde
The current challenges of Home Care in Primary Health Care: an analysis in the National Health System perspective
Los desafíos actuales de la atención a domicilio en la atención primaria a salud: un análisis desde la perspectiva del Sistema Nacional de Salud

Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 11 (38), 2016
Publication year: 2016

A Política Nacional de Atenção Domiciliar (PNAD) definiu três níveis de atenção domiciliar (AD), reconhecendo o primeiro nível (AD1) como responsabilidade das equipes de Atenção Primária à Saúde (APS). Ao longo da história, a legislação passou por alterações importantes e essa política representa a valorização dos serviços de APS como âmbito privilegiado do cuidado, sendo responsável pela maior parte dos cuidados em AD no Brasil. O cuidado no domicílio deve ser feito sob critérios de elegibilidade específicos, e um planejamento adequado. A visita domiciliar (VD) é um momento ímpar para o conhecimento do contexto da pessoa sob AD e deve se pautar pela observação ativa, pela abordagem da família e reconhecimento dos determinantes sociais presentes. Assim, é necessário que o profissional de saúde visitador tenha um rol de competências profissionais bem definidas, que em geral não são contempladas na graduação dos cursos de saúde, e de maneira insuficiente pelos cursos de pós-graduação. A PNAD representou um avanço ao reconhecer a APS como responsável pela AD1 numa lógica de cuidados contínuos crescentes, mas as lacunas no entendimento entre equipes de AD e APS, de formação profissional, e de sobrecarga de tarefas persistem. Este estudo apresenta uma análise crítica da implantação da PNAD até o momento, baseada na legislação vigente confrontada a prática das equipes de APS trabalhando no Sistema Único de Saúde.
The National Home Care Policy (NHCP) has defined three levels of home care (HC), recognizing the first level (HC1) as responsibility of Primary Health Care (PHC) teams. Throughout history, the legislation has gone through major changes and this policy is the enhancement of primary care services as a privileged source of care, accounting for most of the HC in Brazil. The HC should be done under specific eligibility criteria, and proper planning. The Home Visit (HV) is a unique moment for the knowledge of the context of the person under HC and should be guided by active observation, family approach and recognition of social determinants. It is therefore necessary the visiting health professional to have a roll of well-defined professional skills, which are generally not included in undergraduate health courses, and insufficient in graduate courses. The NHCP represented a step forward in recognizing the PHC as responsible for HC1 in an increasing continuing care sense, but the gaps in the relationship between HC and PHC teams, the insufficient vocational training, and overhead tasks remain. This study presents a critical analysis of the implementation of the NHCP to date, based on current legislation confronted to the practice of PHC teams working in the Unified Health System.
La Política Nacional de Atención Domiciliaria (PNAD) ha definido tres niveles de Atención Domiciliaria (AD), reconociendo el primer nivel (AD1) como la responsabilidad de los equipos de Atención Primaria de Salud (APS). A lo largo de la historia, la legislación ha pasado por grandes cambios y esta política es lo reconocimiento de los servicios de atención primaria como una fuente privilegiada de la atención, que representa la mayor parte de la AD en Brasil. La AD debe hacerse bajo criterios de elegibilidad específicos y una planificación adecuada. La visita domiciliaria (VD) es un momento único para el conocimiento del contexto de la persona en AD y debe guiarse por la observación activa, enfoque familiar y el reconocimiento de los determinantes sociales. Así, es necesario que lo profesional de salud visitador tenga una lista de habilidades profesionales bien definidos, que generalmente no se incluyen en los cursos de pregrado de salud y son insuficientes en los cursos de posgrado. El PNAD representó un paso adelante en el reconocimiento de la APS como responsable de AD1 en sentido de una atención continua creciente, pero las diferencias en la relación entre los equipos de AD y APS, la formación profesional insuficiente, y las tareas generales demasiadas perseveran. Este estudio presenta un análisis crítico de la aplicación de la NPHC hasta la fecha, basada en la legislación vigente frente a la práctica de los equipos de APS que trabajan en el Sistema Único de Salud.

More related