Publication year: 2014
INTRODUÇÃO:
O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu como um programa nacional no contexto da reestruturação do sistema público de saúde no Brasil, propondo um modelo de atenção à saúde da população de forma a possibilitar o acesso universal e contínuo aos serviços, preconizando os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS): universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade. Atualmente a nomenclatura é Estratégia Saúde da Família (ESF). OBJETIVO:
Este trabalho procurou compreender como o Agente Comunitário de Saúde (ACS), que é um dos integrantes da ESF, desenvolve suas atividades cotidianas e como essas podem contribuir e/ou influenciar na implementação, no fortalecimento e na manutenção de uma política pública de saúde na cidade de Fortaleza (CE). Viu-se a necessidade de compreender, a partir do ACS, qual o sentido de sua atuação, o seu papel dentro de um campo onde atuam profissionais diversos, tais como médicos, enfermeiros, cirurgiões dentistas, dentre outros. Diante do exposto, procuramos compreender como o ACS estabelece espaços de negociação, no cotidiano de trabalho, tanto com a equipe de ESF, como com a comunidade por ele assistida; como percebe seu trabalho dentro da equipe de ESF enquanto sujeito de articulação da comunidade com o sistema de saúde local, verificando as funções (previstas e praticadas) e formas de atuação do ACS na ESF. MATERIAL E MÉTODO:
A metodologia utilizada, de natureza qualitativa, teve inspiração na etnografia tendo sido utilizadas como ferramentas essenciais observação direta no campo por ocasião do acompanhamento de uma ACS, entrevistas semiestruturadas com outros ACS e com uma gestora, além de pesquisa documental e bibliográfica sobre o tema. RESULTADOS:
Os obstáculos que se apresentaram no desenvolvimento do trabalho do ACS, segundo os depoimentos foram: falta de coesão entre a equipe de trabalho, falta de apoio institucional e o contexto de violência de uma metrópole. O ACS realiza as atividades que são preconizadas pelo Ministério da Saúde, adequando-se às condições de cada área. Por ser também morador do mesmo local onde trabalha, alguns aspectos, tais como a invasão de privacidade, são vistos pelo ACS como negativos. CONCLUSÃO:
Contudo poder contar com a boa vontade dos moradores para realizar seu trabalho, por conta da confiança desenvolvida, são aspectos, apontados pelos profissionais, como positivos.