Impacto da fisioterapia respiratória e da aspiração endotraqueal em recém-nascidos pré-termo na primeira semana de vida
The impact of respiratory physical therapy and endotracheal suctioning in preterm newborns in the first week of life

Rev. AMRIGS; 58 (3), 2014
Publication year: 2014

Introdução:

Recém-nascidos pré-termo (RNPT) apresentam elevada morbidade respiratória e necessidade de ventilação mecânica, assim, a fisioterapia respiratória é parte integrante da assistência destes neonatos. O presente estudo pretende avaliar a influência da fisioterapia respiratória e da aspiração endotraqueal sobre a frequência cardíaca e respiratória e saturação de oxigênio em RNPT. Mé- todos: Ensaio clínico aberto do tipo antes-depois. O presente estudo analisou os prontuários de todos os RNPT com idade entre 3 e 7 dias de vida, que estavam em ventilação mecânica e com solicitação médica para fisioterapia respiratória. Foi utilizado questionário, elaborado pelos autores, constando dados da mãe, dados do parto, Apgar do 1º e 5º minuto de vida, diagnósticos clínicos e valores de frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio antes e depois da fisioterapia respiratória.

Resultados:

A frequência cardíaca revelou queda estatisticamente significativa após a técnica fisioterápica em todos os períodos observados. A frequência respiratória não apresentou diferença significativa estatística após a técnica na parte da manhã. Em contrapartida, no período da tarde, o mesmo parâmetro apresentou diminuição estatisticamente significativa quando submetida a técnica fisioterápica. A variável saturação de oxigênio apresentou diferença estatística significativa em todos os períodos analisados, com exceção do último, na parte da tarde, na evolução dos 30 minutos pós-fisioterapia.

Conclusão:

A fisioterapia neonatal demonstrou ser um procedimento terapêutico sem repercussões deletérias em relação às variáveis fisiológicas para o tratamento da população estudada (AU)

Introduction:

Preterm newborns exhibit high respiratory morbidity and need for mechanical ventilation. Respiratory therapy is an integral part of the care of these neonates. This study aims to evaluate the influence of physiotherapy and endotracheal suctioning on heart rate, respiratory rate and oxygen saturation in preterm infants.

Methods:

An open-label clinical trial, of the before-after type. The present study analyzed the medical records of all preterm infants aged 3-7 days who were on mechanical ventilation and had medical request for respiratory therapy. A questionnaire developed by the authors was used, consisting of mother data, delivery data, 1- and 5-minute Apgar scores, clinical diagnoses and heart rate, respiratory rate and oxygen saturation values before and after chest physiotherapy.

Results:

Heart rate showed a statistically significant decrease after physical therapy in all observed periods. Respiratory rate was not statistically significantly different if physical therapy was delivered in the morning. If delivered in the afternoon, however, the same parameter was statistically significantly decreased. Oxygen saturation was statistically different in all analyzed periods, except the last, in the afternoon, in the 30-minute progress post physical therapy.

Conclusion:

Neonatal physical therapy proved to be an effective therapeutic procedure without deleterious consequences as regards physiological responses for the treatment of this population (AU)

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