Sci. med. (Porto Alegre, Online); 28 (1), 2018
Publication year: 2018
AIMS:
In this article, we want to share our perspective on how simulation sessions could contribute to change reality, building a safe environment in which facilitators can role-modeling students to develop emotional competence. Noteworthy, acknowledging and legitimating emotions are also essential components of creating a safe environment for students. We also intend to stress how faculty development programs are essential to guarantee that facilitators will be prepared to accomplish this new learning goal, and how different cultural contexts can influence the process.
METHODS:
In this narrative review, we will focus on the importance of emotions. Emotions in the context of learning but also learners’ emotions from the viewpoint of teachers, and teachers’ emotions in the context of faculty development.
RESULTS:
Simulation in medical education is becoming increasingly important. Advances in technology give many opportunities to simulate almost anything you want, with high fidelity and enhanced reality. It creates the possibility of bringing the complexity of real clinical tasks to a controlled simulated environment. While performing these complex simulated tasks, students experience several and sometimes distinct emotions: the emotions of patients and their families, the emotions of the multi-professional team members, and their own emotions, as learners and as future health professionals. Unfortunately, the formal curricula of the majority of medical schools do not address the importance of emotional competence specifically, and students end with the general impression that emotions are mainly negative, and must be avoided and kept at a safe distance. However, there are plenty of data showing how emotions can influence learning and decision-making, and how important it is to create awareness of and modulate them to guarantee the safeguard of patients’ interests.
CONCLUSIONS:
Emotions directly affect several dimensions of clinical work, such as communication, decision-making, teamwork, and leadership. We hope that including dealing with emotions as a natural goal of the learning activities in the health professions can catalyze the reconciliation between the technical and emotional aspects of clinical practice.
OBJETIVOS:
Neste artigo, pretendemos compartilhar nossa perspectiva em relação a como a simulação pode ajudar a transformar a realidade, construindo um ambiente seguro em que os facilitadores das sessões de simulação sejam os modelos em que os estudantes podem se espelhar para desenvolver competência emocional. Vale ressaltar que reconhecer e dar legitimidade às emoções é passo essencial para a criação de um ambiente seguro para os estudantes. Também pretendemos reforçar como os programas de capacitação docente são fundamentais para garantir que os facilitadores estarão preparados para atingir esse novo objetivo de aprendizagem, e como contextos culturais diferentes podem influenciar esse processo.
MÉTODOS:
Nesta revisão narrativa, nos concentraremos na importância das emoções. Emoções no contexto da aprendizagem, mas também emoções dos aprendizes do ponto de vista dos professores, e emoções dos professores no contexto do desenvolvimento do corpo docente.
RESULTADOS:
A simulação está se tornando cada vez mais importante na educação médica. Os avanços tecnológicos permitem simular praticamente qualquer situação, com alta fidelidade e realidade. Isso cria a possibilidade de trazer a complexidade de situações clínicas reais para um ambiente simulado e controlado. Ao executar essas simulações de alta complexidade, os estudantes experimentam várias e diferentes emoções: as emoções dos pacientes e de suas famílias, as emoções dos membros da equipe, e as suas próprias emoções, como estudantes e como futuros profissionais da saúde. Infelizmente, a grade curricular formal da maioria das escolas médicas não aborda especificamente a importância de desenvolver competência emocional, e os estudantes acabam com a impressão geral de que as emoções são basicamente negativas, e que devem ser evitadas e mantidas a uma distância de segurança. No entanto, vários estudos mostram como as emoções influenciam o aprendizado e a tomada de decisões, e como é importante estar consciente delas e modulá-las de uma forma que garanta a salvaguarda dos interesses dos pacientes.
CONCLUSÕES:
As emoções afetam diretamente várias dimensões do trabalho clínico, como comunicação, tomada de decisão, trabalho em equipe e liderança. Esperamos que tratar das emoções como meta natural das atividades de aprendizagem nas profissões da saúde oportunize catalisar a reconciliação entre os aspectos técnicos e emocionais da prática clínica.