Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 10 (34), 2015
Publication year: 2015
Objetivo:
estudar a associação entre história de depressão e hiperutilização de serviços de saúde (HSS) entre usuários da Atenção Primária à Saúde (APS), além de estabelecer a prevalência de HSS, o número médio de consultas e o perfil epidemiológico dos grupos com história positiva e negativa para depressão. Métodos:
os dados foram obtidos de prontuários familiares de duas Unidades de Saúde. Para analisar dados sobre o desfecho primário e para comparar o perfil epidemiológico dos grupos foi utilizado o teste qui-quadrado. Para comparar a diferença na média de consultas entre os grupos, utilizou-se o teste t de student. Resultados:
foram analisados 278 pacientes. As prevalências de depressão e de HSS na amostra foram, respectivamente, de 15,1 e 4,3%. Houve diferença na prevalência de HSS no grupo com história positiva para depressão, 14,3%, quando comparado ao grupo com história negativa para depressão, 2,5% (RP = 5,62, IC 95% 1,90 a 16,59, p = 0,004). A média de consultas no grupo com história positiva para depressão foi de 5,25 consultas/ano, enquanto no grupo com história negativa para depressão foi de 2,59, com diferença de médias de 2,65 (IC 95% 1,90 a 3,40; p < 0,001). Observou-se também maior prevalência de dispepsia e uso de antidepressivos entre HSS. Conclusão:
os resultados reforçam dados da literatura, indicando que pessoas com histórico de depressão tendem a utilizar mais os serviços de APS, apresentando uma prevalência maior de HSS. Dessa forma, um maior conhecimento acerca do perfil dos HSS permitirá desenvolver abordagens mais resolutivas para esses usuários.
Objective:
to study the association between history of depression and high use of health services (HUHS) among persons seen in Primary Health Care (PHC), and to establish the prevalence of HUHS, the average number of visits and the epidemiological profile of groups with positive and negative history of depression. Methods:
we collected data from family medical records of two Health Units. In order to analyze data regarding the primary outcome and to compare the epidemiological profile of the groups, we used the chi-square test. To compare the difference in mean number of visits between groups, we used the Student’s t-test. Results:
we included 278 patients. The prevalence of depression and HUHS in the sample were, respectively, 15.1 and 4.3%. There was a difference in the prevalence of HUHS in the group with positive history of depression, 14.3%, when compared to the group with a negative history of depression, 2.5% (PR = 5.62 , CI 95% 1.90 to 16.59, p = 0.004). The average number of visits in the group with positive history of depression was 5.25 visits / year, while in the group with negative history of depression was 2.59, with a mean difference of 2.65 (CI 95% 1.90 to 3.40; p < 0.001). We also observed higher prevalences of dyspepsia and antidepressant use among HSH. Conclusion:
the results support the literature indicating that people with a history of depression tend to make more use of PHC services, with a higher prevalence of HUHS. Thus, a greater knowledge about the profile of the HSH will enable the development of more effective approaches for these users.
Objetivo:
Estudiar la asociación entre la historia de la depresión y hiperutilización de servicios de salud (HSS) entre los usuarios de atención primaria de salud (APS), y para establecer la prevalencia de HSS, número medio de consultas y perfil epidemiológico de los grupos con historia positiva y negativa para la depresión. Métodos:
Los datos se obtuvieron de los registros médicos de dos unidades de salud de la familia. Para el análisis de los datos del resultado primario y la comparación del perfil epidemiológico de los grupos, se utilizó la prueba de Chi-cuadrado. Para comparar la diferencia en el número medio de consultas entre los grupos, se utilizó la prueba t de Student. Resultados:
278 pacientes fueron analizados. La prevalencia de la depresión y HSS en la muestra fueron, respectivamente, 15,1 y 4,3%. Hubo diferencia en la prevalencia de HSS en el grupo con historia positiva de la depresión, 14,3% , en comparación con el grupo con una historia negativa para la depresión, 2,5% (RP = 5,62 , IC del 95% 1,90 a 16,59 , p = 0,004). El número medio de consultas en el grupo con historia positiva para la depresión fue 5,25 consultas por año, mientras que en el grupo con historia negativa para la depresión fue 2.59, com una diferencia media de 2,65 (IC 95 1,90 a 3,40; p < 0.001). También se observó una mayor prevalencia de la dispepsia y el uso de antidepresivos entre HSS. Conclusión:
Los resultados refuerzan los datos de la literatura, indicando que las personas con antecedentes de depresión tienden a hacer un mayor uso de los servicios de atención primaria de salud, con una mayor prevalencia de HSS. De esta manera, un mayor conocimiento sobre el perfil de los HSS permitirá el desarrollo de enfoques más decididos a estos usuarios.