Sci. med. (Porto Alegre, Online); 28 (2), 2018
Publication year: 2018
AIMS:
To evaluate the levels of vitamin D, parathyroid hormone and calcium in individuals with spinal cord injury and to identify related factors.
METHODS:
A cross-sectional study included men with spinal cord injury, living in the South Region of Brazil. A questionnaire was applied to evaluate socioeconomic data, life habits and health. The time elapsed since the spinal cord injury was considered. Vitamin D was evaluated in plasma via liquid chromatography; calcium and PTH were measured in serum by a colorimetric method and electrochemiluminescence respectively. For data analysis, linear regression and chi-square test were utilized. Values of p<0.05 were considered significant.
RESULTS:
The study included 39 paraplegic or tetraplegic men with spinal cord injury. The mean age was 35.52±9.78 years, and the mean time since injury was 6.09±5.55 years. The mean biochemical levels were:
19.0 ±6.98 ng/mL for vitamin D; 9.54±0.52 mg/dL for total calcium; and 34.81±10.84 pg/mL for parathyroid hormone. Individuals with sun exposure for more than two hours daily had higher vitamin D levels than those exposed up to one hour per day (p=0.001). Linear regression identified an inverse relationship between lesion time and vitamin D levels (regression coefficient: -0.424; p=0.029), while the other parameters did not show significant differences regarding the time elapsed since the lesion. Subjects with income above four minimum wages had higher vitamin D values (mean 25.67±5.45 ng/mL) when compared to those with income up to four minimum wages (mean 18.43±6.79 ng/mL) (p=0.021).
CONCLUSIONS:
Levels of vitamin D were inversely correlated to the time elapsed since the spinal cord injury, probably due to insufficient sun exposure resulting from prolonged limitation of mobility. In addition, lower levels of vitamin D were associated to lower income. These factors may aggravate bone loss associated with decreased mobility resulting from spinal cord injury.
OBJETIVOS:
Avaliar os níveis de vitamina D, hormônio paratireoide e cálcio em indivíduos com lesão medular e identificar fatores relacionados.
MÉTODOS:
Estudo transversal incluiu homens com lesão da medula espinhal, vivendo na Região Sul do Brasil. Foi aplicado um questionário para avaliar dados socioeconômicos, hábitos de vida e saúde. Foi investigado o tempo transcorrido após a lesão medular. A vitamina D foi avaliada no plasma por meio de cromatografia líquida; o cálcio e o hormônio paratireoideo foram dosados no soro por um método colorimétrico e eletroquimioluminescência respectivamente. Para a análise de dados, foram utilizadas regressão linear e teste do qui-quadrado. Valores de p<0,05 foram considerados significativos.
RESULTADOS:
O estudo incluiu 39 homens paraplégicos ou tetraplégicos com lesão da medula espinhal. A média de idade foi de 35,52±9,78 anos e o tempo médio de lesão foi de 6,09±5,55 anos. As médias dos níveis bioquímicos foram:
19,0±6,98 ng/mL para vitamina D, 9,54±0,52 mg/dL para cálcio total e 34,81±10,84 pg/mL para hormônio paratireoideo. Indivíduos com exposição ao sol por mais de duas horas por dia apresentaram maiores níveis de vitamina D do que os expostos até uma hora por dia (p=0,001). A regressão linear identificou uma relação inversa entre o tempo de lesão e os níveis de vitamina D (coeficiente de regressão: -0,424; p=0,029), enquanto os outros parâmetros não apresentaram diferença significativa em relação ao tempo decorrido desde a lesão. Os indivíduos com renda acima de quatro salários mínimos apresentaram maiores valores de vitamina D (média de 25,67±5,45 ng/mL) quando comparados com aqueles com renda até quatro salários mínimos (média 18,43±6,79 ng/mL) (p=0,021).
CONCLUSÕES:
Os níveis de vitamina D foram inversamente correlacionados com o tempo decorrido desde a lesão da medula espinhal, provavelmente devido à exposição insuficiente ao sol resultante da limitação prolongada da mobilidade. Níveis mais baixos de vitamina D foram associados a menor renda. Estes fatores podem agravar a perda óssea associada à diminuição da mobilidade resultante da lesão da
medula espinhal.