Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 9 (30), 2014
Publication year: 2014
Introdução:
O cuidado a pacientes em fase final da vida é cada vez mais frequente nos serviços de saúde devido ao progressivo envelhecimento da população e o consequente aumento de pacientes com doenças graves. No Brasil, os poucos serviços de cuidados paliativos geralmente estão ligados a hospitais especializados, mas, em vários países, a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada o melhor nível de assistência para a prestação e coordenação dos cuidados paliativos de seus usuários. Métodos:
Neste estudo realizou-se uma revisão integrativa de literatura, objetivando compreender quais os papéis dos profissionais da APS em cuidados paliativos. Resultados:
Os textos selecionados foram submetidos à análise temática, emergindo oito categorias que descrevem o papel dos profissionais de APS em cuidados paliativos e evidenciam que sua participação é essencial: 1) Possibilitar o cuidado domiciliar; 2) Garantir assistência com integralidade; 3) Utilizar a longitudinalidade como ferramenta de cuidado; 4) Responsabilizar-se pelo cuidado paliativo com a família; 5) Buscar aprimoramento profissional em cuidados paliativos; 6) Viabilizar a coordenação do cuidado; 7) Facilitar o acesso do paciente a cuidados paliativos e sua família; 8) Trabalhar em parcerias dentro e fora da APS. Conclusão:
O acesso facilitado a cuidados paliativos, próximo ao lar, associado ao manejo constante dos sintomas e à sensibilidade para com a realidade das famílias, faz toda a diferença para os pacientes em fase final da vida.
Background:
Patients in end of life care are becoming increasingly common in health services owing to the population’s progressive aging and the consequent increase in the number of patients with serious illnesses. In Brazil, the few existing palliative care services are usually linked to specialized hospitals; however, in many countries, Primary Health Care (PHC) is considered the best healthcare level for providing and coordinating palliative care to patients. Methods:
An integrative literature review was carried out with the objective of understanding PHC practitioners’ roles in palliative care. Results:
The articles selected underwent thematic analysis resulting in eight categories describing the role of PHC professionals and their essential participation in palliative care: 1) Facilitate home care; 2) Ensure comprehensive assistance; 3) Use longitudinality as a tool of care; 4) Take responsibility for palliative care with the family; 5) Seek further professional development in palliative care; 6) Enable the coordination of palliative care; 7) Facilitate the access to palliative care to the patients and their families; 8) Work collaboratively inside and outside PHC. Conclusion:
Easy near-home access to palliative care associated with constant management of symptoms and with sensibility to the reality of families is extremely important and helpful to patients in end of life stage.
Introducción:
La atención a los pacientes en la etapa final de la vida es cada vez más común en los servicios de salud debido al progresivo envejecimiento de la población y al consiguiente aumento de pacientes con enfermedades graves. En Brasil, los pocos servicios de cuidados paliativos suelen estar vinculados a hospitales especializados, pero en muchos países la Atención Primaria de Salud (APS) es considerada el mejor nivel de atención para la prestación y coordinación de los cuidados paliativos de sus usuarios. Métodos:
Se realizó una revisión integradora de la literatura con el objetivo de comprender las funciones de los profesionales de la APS en cuidados paliativos. Resultados:
Los artículos seleccionados se sometieron a análisis temático, surgiendo ocho categorías que describen el papel de los profesionales de la APS en cuidados paliativos y que evidencian su esencial participación: 1) Permitir el cuidado en el hogar; 2) Garantizar la asistencia integral; 3) Utilizar la longitudinalidad como herramienta del cuidado; 4) Asumir la responsabilidad de los cuidados paliativos con la familia; 5) Buscar el desarrollo profesional en los cuidados paliativos; 6) Facilitar la coordinación del cuidado; 7) Facilitar el acceso del paciente y su familia a los cuidados paliativos; 8) Trabajar en colaboración dentro y fuera de la APS. Conclusión:
El fácil acceso a los cuidados paliativos, próximo al hogar, asociado al manejo constante de los síntomas y la sensibilidad con la realidad de las familias es de gran importancia para los pacientes en la etapa final de la vida.