Sci. med. (Porto Alegre, Online); 28 (1), 2018
Publication year: 2018
OBJETIVOS:
Comparar a satisfação e a autoconfiança dos estudantes de enfermagem em atividades clínicas simuladas com e sem a presença de odores.
MÉTODOS:
Um ensaio clínico randomizado incluiu estudantes de graduação em enfermagem com 18 anos ou mais, alocados de forma randômica para Grupo Intervenção (participação em cenários simulados com odores) ou Grupo Controle (participação em cenários simulados com os mesmos temas, porém sem odores). Os odores foram obtidos com alimentos fermentados. Foram excluídos estudantes que já tivessem prática profissional em enfermagem. Para a coleta de dadosforam utilizados um Instrumento de Caracterização e Percepção dos Sujeitos, a Escala de Satisfação com as Experiências Clínicas Simuladas (ESECS) e a Escala de Satisfação e Autoconfiança na Aprendizagem (ESAA). Para análise dos dados foi realizada estatística exploratória, com análise de frequência, porcentagem e teste de confiabilidade Alfa de Cronbach para a ESECS e a ESAA e, após análise amostral pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, foi realizado Teste t de Student para comparação de médias.
RESULTADOS:
Participaram do estudo 100 graduandos de enfermagem, 55 do grupo intervenção (cenário com presença de odor) e 45 do grupo controle (cenário sem presença de odores). Foram encontrados altos valores de Alfa de Cronbach tanto para a ESECS (0,862) quanto para a ESAA (0,842) e altos escores para satisfação e autoconfiança na aprendizagem nos dois grupos. Na comparação de médias não houve diferenças significativas entre os valores atribuídos à satisfação e a autoconfiança, no grupo intervenção e no grupo controle.
CONCLUSÕES:
Houve altos scores atribuídos a satisfação e autoconfiança entre os participantes, todavia, quando comparados, nesta amostra, não houve diferença na satisfação e autoconfiança entre grupos que usaram cenários simulados com e sem a presença de odores desagradáveis. Todavia, o uso de odores nos cenários foi destacado pelos participantes como elementos de estímulo ao uso de equipamentos de proteção individual e também ao estímulo do aprendizado da comunicação não verbal.
AIMS:
To compare the satisfaction and self-confidence of nursing students in simulated clinical activities with and without the presence of odors.
METHODS:
A randomized clinical trial enrolled undergraduate nursing students 18 years of age or older randomly allocated to Intervention Group (participation in simulated scenarios with odors) or Control Group (participation in simulated scenarios with the same themes, but without odors). The odors were obtained with fermented foods. Students who already had professional practice in nursing were excluded. Data were collected using an Instrument for Characterization and Perception of Subjects, the Satisfaction with Simulated Clinical Experiences Scale and the Student Satisfaction and Self-confidence in Learning Scale. For analysis of the data, we performed an exploratory statistic, with frequency, percentage, and Cronbach Alpha reliability test for the scales, and after sample analysis by the Kolmogorov-Smirnov test, Student's t-test was used to compare means.
RESULTS:
A total of 100 nursing students, 55 of the intervention group (scenario with presence of odors) and 45 of the control group (scenario without odors) participated in the study. High Cronbach's alpha values were found for both the Satisfaction with Simulated Clinical Experiences Scale (0.862) and the Student Satisfaction and Self-confidence in Learning Scale (0.842) and high scores for satisfaction and self-confidence in learning in both groups. In the comparison of means there were no significant differences between the values attributed to satisfaction and self-confidence, in the intervention group and in the control group.
CONCLUSIONS:
There were high scores attributed to satisfaction and self-confidence among the participants, however, when compared, in this sample, there was no difference in satisfaction and self-confidence between groups that used simulated scenarios with and without the presence of unpleasant odors. However, the use of odors in the scenarios was highlighted by the participants as stimulating elements to the use of personal protection equipment and also to stimulating the learning of nonverbal communication.