Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 8 (27), 2013
Publication year: 2013
Objetivo:
Conhecer o perfil e avaliar a qualidade do pré-natal de gestantes que deram à luz em 2008 atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Panorama em Porto Alegre, RS, Brasil. Método:
estudo transversal com questionário aplicado às gestantes no domicílio e na UBS, buscando informações sobre características demográficas, reprodutivas e sobre o tipo de assistência recebida durante a gestação e o parto. A análise consistiu de listagem de frequência e obtenção de medidas de tendência central e dispersão. Resultados:
Dentre as 238 gestantes entrevistadas, 20% eram adolescentes, 38% possuía nove ou mais anos de estudo, três quartos viviam com companheiro e 40% trabalharam fora de casa durante a gravidez; um quarto das famílias possuía renda mensal inferior a um salário mínimo (SM), com mediana de R$ 700,00. Com relação à saúde reprodutiva:
em média, a menarca ocorreu aos 13 anos e a primeira relação sexual aos 16, 25% referiram ter sofrido pelo menos um aborto e, aos 19 anos, 60% já eram mães. No pré-natal, 87% consultaram seis ou mais vezes, cerca de três quartos o iniciaram no primeiro trimestre e 85% receberam vacina antitetânica e suplementação com sulfato ferroso. De acordo com o Índice de Kessner modificado por Takeda e Silveira, o cuidado pré-natal foi considerado adequado em 80% e 49% dos casos, respectivamente. Conclusões:
a UBS Panorama atende gestantes carentes socioeconomicamente mas que iniciam o pré-natal cedo, realizando elevado número de consultas de pré-natal, porém, em termos qualitativos, recebem serviço insatisfatório quanto à assistência à gestação e ao parto.
Objective:
To understand the profile and assess the quality of care received by pregnant women, who gave birth in 2008, attending the Panorama healthcare centre (HC) in Porto Alegre, Rio Grande do Sul state (RS). Methods:
A cross-sectional survey was carried out using pre-codified questionnaires applied at households and HCs investigating the mothers’ demographic reproductive characteristics and the healthcare received during antenatal period and delivery. Analysis consisted of frequency distribution of variables and their mean, median and standard deviations. Results:
Amongst the 238 women interviewed, 20% were teenagers, 38% had at least nine years of schooling, three quarters were living with a partner and 40% had a paid job during gestational period; a quarter had family income of a minimum wage (average of US$ 350/month). Regarding their reproductive health, on average, menarche occurred at 13 years old, sexual intercourse started at 16 years old, 25% had already had an abortion and, by 19 years old, 60% had already given birth. Concerning prenatal care, 87% attended at least six medical appointments, three quarters started prenatal care in the first trimester of pregnancy and 85% received tetanus vaccine and iron supplementation during antenatal period. According to the Kessner Index modified by Takeda and Silveira, the antenatal care was considered adequate for 80% and 49% of all pregnant women, respectively. Conclusion:
Panorama HC attends socioeconomic deprived pregnant women that started early antenatal care, performing a high amount of medical appointments, but, in general, the healthcare quality offered both during prenatal and delivery was unsatisfactory.
Objetivo:
conocer el perfil y evaluar la calidad de la atención prenatal recibida por gestantes atendidas en el centro de salud Panorama en Porto Alegre, RS, Brasil, que dieron a luz en 2008. Método:
estudio transversal con cuestionario aplicado en domicilio y en el centro de salud, buscando informaciones sobre características demográficas, reproductivas y tipo de asistencia recibida durante la gestación y el parto. Se analizó la frecuencia y distribución de las variables y sus medidas de tendencia central y dispersión (media, mediana y desvío estándar). Resultados:
Entre las 238 gestantes incluidas en este estudio, 20% eran adolescentes, 38% tenían nueve años o más de escolaridad, tres cuartos vivían con un compañero y 40% trabajaran fuera de casa durante el embarazo; un cuarto tenía renta mensual deun salario mínimo (promedio de U$S 350). Con relación a la salud reproductiva, la menarca ocurrió, en promedio, a los 13 años, la primera relación sexual a los 16, 25% refirió haber sufrido al menos un aborto y 60% había sido madre antes de los 19 años. Con relación a la atención prenatal, 87% consultó al médico seis o más veces, tres cuartos iniciaron las consultas durante el primer trimestre, y 85% recibió vacuna antitetánica y suplemento con hierro durante la gestación. De acuerdo al Indice de Kessner modificado por Takeda y Silveira, el cuidado prenatal fue considerado adecuado en 80% y 49% de los casos, respectivamente. Conclusiones:
el centro de salud Panorama atiende gestantes socioeconómicamente vulnerables, que inician el prenatal tempranamente, realizan elevado número de consultas prenatales, pero, de modo general, recibieron atención insatisfactoria tanto durante la gestación como durante el parto.