Patient education in glaucoma: what do patients know about glaucoma?

Arq. bras. oftalmol; 69 (6), 2006
Publication year: 2006

PURPOSE:

To evaluate the knowledge glaucoma patients have about their disease and its treatment.

METHODS:

One hundred and eighty-three patients were interviewed at the Glaucoma Service of Wills Eye Hospital (Philadelphia, USA, Group 1) and 100 at the Glaucoma Service of University of Campinas (Campinas, Brazil, Group 2). An informal, relaxed atmosphere was created by the interviewer before asking a list of 18 open-ended questions.

RESULTS:

In Group 1, 44 percent of the 183 patients did not have an acceptable idea about what glaucoma is, 30 percent did not know the purpose of the medications they were taking, 47 percent were not aware of what was an average intraocular pressure, and 45 percent did not understand why visual fields were examined. In Group 2, 54 percent gave unsatisfactory answers to the question "What is glaucoma?", 54 percent did not know the purpose of the medications they were taking, 80 percent were not aware of what was an average intraocular pressure, and 94 percent did not understand why visual fields were examined (p<0.001). Linear regression analysis demonstrated that level of education was positively correlated to knowledge about glaucoma in both groups (r=0.65, p=0.001).

CONCLUSION:

This study showed that patients' knowledge about glaucoma varies greatly, and that in an urban, American setting, around one third of the patients have minimal understanding, whereas in an urban setting in Brazil around two thirds of patients were lacking basic information about glaucoma. Innovative and effective methods are needed to correct this situation.

OBJETIVO:

Avaliar o conhecimento de pacientes glaucomatosos sobre sua doença e tratamento.

MÉTODOS:

183 pacientes foram entrevistados no Serviço de Glaucoma do Wills Eye Hospital (Philadelphia, EUA, Grupo 1) e 100 pacientes foram entrevistados no Setor de Glaucoma da UNICAMP (Grupo 2). Dezoito perguntas abertas foram feitas aos pacientes num ambiente informal.

RESULTADOS:

No Grupo 1, 44 por cento dos 183 pacientes não tinham conceito adequado sobre o que é glaucoma, 30 por cento desconheciam porque usavam medicações, 47 por cento não sabiam valores de pressão intra-ocular considerados normais e 45 por cento não sabiam porque campos visuais eram testados. No Grupo 2, 54 por cento responderam inadequadamente à pergunta "O que é glaucoma?", 54 por cento desconheciam porque usavam medicações, 80 por cento não sabiam valores de pressão intra-ocular considerados normais e 94 por cento não sabiam porque campos visuais eram testados (p<0,001). Análise de regressão linear demonstrou que o nível de educação estava positivamente correlacionado ao conhecimento de glaucoma em ambos os grupos (r=0,65, p=0,001).

CONCLUSÃO:

Este estudo mostrou que o conhecimento sobre glaucoma varia muito e que, num hospital norte-americano, cerca de um terço dos pacientes tem compreensão mínima sobre a doença, enquanto no Serviço brasileiro, dois terços dos pacientes desconheciam conceitos básicos sobre o glaucoma. Métodos efetivos e inovadores devem ser desenvolvidos para melhorar essa situação.

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