Relação bilateral entre excesso de peso e transtornos mentais
Bilateral relationship between excess weight and mental disorders
Relación bilateral entre el exceso de peso y trastornos mentales

Rev. bras. promoç. saúde (Online); 31 (1), 2018
Publication year: 2018

Objetivo:

Determinar a prevalência de excesso de peso em indivíduos com e sem transtornos mentais.

Métodos:

Estudo quantitativo, transversal e analítico, realizado com 167 voluntários adultos, de ambos os sexos, com ou sem transtornos mentais, e com idade superior a 18 anos, no período de outubro a dezembro de 2015. Os participantes foram recrutados no Centro de Atenção Psicossocial e em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina, Piauí, Brasil. Utilizou-se formulário estruturado com variáveis sociodemográficas (idade, sexo, escolaridade, estado civil e renda) e antropométricas (peso e altura). O diagnóstico antropométrico foi realizado de acordo com índice de massa corporal, e o psiquiátrico conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID 10). A análise dos dados foi feita de forma descritiva, utilizando-se o teste Qui-Quadrado de Independência (ᵡ²) para avaliar associações. Para a análise de variância aplicou-se o teste ANOVA seguido do de Tukey, com 5% de significância.

Resultados:

Do total de participantes, 77,2% (n=129) tinham diagnóstico de transtornos mentais e 22,8% (n=38), não. O excesso de peso foi verificado em 73,1% (n=122) dos investigados, com maior prevalência na população psiquiátrica (89,4%, n=109). As médias de IMC entre os grupos mostraram diferenças significativas entre esquizofrênicos ( ¯X= 31,62 kg/m2; p<0,01), depressivos ( ¯X = 31,23 kg/m2; p=0,04) e outros transtornos de humor ( ¯X = 31,09 kg/m2; p=0,01) quando comparados ao grupo sem transtornos mentais ( ­­¯X= 25,51 kg/m2).

Conclusão:

Evidencia-se a superioridade de excesso de peso na população psiquiátrica, especialmente em esquizofrênicos e depressivos, quando comparada à população sem transtornos mentais.

Objective:

To determine the prevalence of excess weight in individuals with and without mental disorders.

Methods:

A cross-sectional, quantitative and analytical study carried out with 167 adult volunteers of both sexes, with and without mental disorders, and aged over 18 years, in the period from October to December 2015. The participants were recruited at the Psychosocial Care Center and at a Basic Health Unit of Teresina, Piauí, Brasil. A structured form was used to collect sociodemographic variables (age, sex, schooling, marital status and income) and anthropometric variables (weight and height). The anthropometric diagnosis was determined by the Body Mass Index, and the psychiatric diagnosis was according to the International Classification of Diseases (ICD 10). The data analysis was performed in a descriptive way, using the Chi-square test of independence (ᵡ²) to evaluate associations. For analysis of variance, the study applied the ANOVA test followed by Tukey’s, with significance level at 5%.

Results:

Of the total of participants, 77.2% (n=129) had been diagnosed with mental disorders, and 22.8% (n=38) had not. Excess weight was observed in 73.1% (n=122) of those investigated, with a higher prevalence in the psychiatric population (89.4%, n=109). The mean BMI of the groups showed significant differences among schizophrenics ( ¯X = 31.62 kg/m2; p<0.01), depressives ( ¯X= 31.23 kg/m2; p=0.04), and those with other mood disorders ( ¯X= 31.09 kg/m2; p=0.01) when compared to the group without mental disorders ( ¯X= 25.51 kg/m2).

Conclusion:

It is evidenced the superiority of excess weight in the psychiatric population, especially in schizophrenics and depressives when compared to the population without mental disorders.

Objetivo:

Determinar la prevalencia de exceso de peso de individuos con y sin trastornos mentales.

Métodos:

Estudio cuantitativo, transversal y analítico realizado con 167 adultos voluntarios, de ambos los sexos, con o sim trastornos mentales y más de 18 años de edad en el período entre octubre y diciembre de 2015. Los participantes fueron reclutados del Centro de Atención Psicosocial y de una Unidad Básica de Salud de Teresina, Piauí, Brasil. Se utilizó un formulario estructurado con las variables sociodemográficas (edad, sexo, escolaridad, estado civil y renta) y antropométricas (peso y altura). El diagnóstico antropométrico se dio según el índice de masa corporal y el psiquiátrico según la Clasificación Internacional de Enfermedades (CIE 10). El análisis de los datos fue de manera descriptiva, utilizándose la prueba de Chi-cuadrado de Independencia (ᵡ²) para evaluar las asociaciones. Para el análisis de la variancia se aplicó la prueba ANOVA seguida de la de Tukey con el 5% de significación.

Resultados:

Del total de participantes, el 77,2% (n=129) tenían el diagnóstico de trastornos mentales y el 22,8% (n=38) no. El exceso de peso ha sido identificado en el 73,1% (n=122) de los investigados con mayor prevalencia en la población psiquiátrica (89,4%, n=109). Las medias del IMC entre los grupos mostraron diferencias significantes entre los que sufren de esquizofrenia (­­ ¯X= 31,62 kg/m2; p<0,01), depresión (­­ ¯X = 31,23 kg/m2; p=0,04) y otros trastornos del humor ( ¯X­­ = 31,09 kg/m2; p=0,01) comparados con el grupo sin trastornos mentales (­­ ¯X =25,51 kg/m2).

Conclusión:

Se evidencia la superioridad de exceso de peso en la población psiquiátrica, especialmente en los esquizofrénicos y depresivos comparados con la población sin trastornos mentales.

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