J. bras. econ. saúde (Impr.); 9 (3), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
Os hospitais públicos em Portugal apresentaram nos últimos anos uma melhoria dos seus resultados em termos de assistência. Porém, poucas têm sido as avaliações realizadas no âmbito do seu desempenho. Este estudo procura determinar a eficiência dos hospitais públicos em Portugal. Métodos:
Este estudo considerou duas alternativas de modelos não paramétricos bidireccionais, baseados em Análise Envoltória de Dados e em Ordem-a. A utilização de ambos os modelos visa a validação da robustez dos resultados. Usaram-se quatro tipos de variáveis: custos totais, número de doentes atendidos ajustados ao risco, qualidade do serviço prestado, e o ambiente externo (demografia e epidemiologia). Com referência ao ano 2016, consideraram-se 27 hospitais e centros hospitalares públicos portugueses. Resultados:
O nível de ineficiência médio, apenas para hospitais ineficientes, é aproximadamente 10%, correspondendo a cerca de €617 milhões desperdiçados.
Conclusões:
Os níveis de ineficiência variam conforme os modelos apresentados. A avaliação do desempenho deve considerar fatores como a presença de outliers, o número de variáveis, as condições externas desfavoráveis, bem como as características das fronteiras de eficiência. Um aspeto importante corresponde à convexidade da fronteira. Conclui-se que a melhor solução para avaliar o desempenho hospitalar é a abordagem por Ordem-a.
Objective:
Portuguese public hospitals have exhibited an improvement of resources management in the past few years. However, only few analyses over their performance have been done. This study aims at find technical efficiency levels of Portuguese public hospitals using robust methods. Methods:
This study has considered two different nonparametric alternatives for efficiency assessment. These methods are based on the Data Envelopment Analysis and on the Order-a frameworks. Four main variable categories were used:
total expenses, risk-adjusted treated patients, delivered healthcare services’ quality, and the epidemiologic and demographic conditions in which hospitals operate. A sample of 27 Portuguese public hospitals and hospital centres was used. Data regards the year of 2016. Results:
Inefficient hospitals exhibit average technical inefficiency levels of about 10%, which corresponds to the waste of nearly €617 million. Conclusions:
Inefficiency levels have a strong dependence on model features. Hence, performance evaluation should account for the existence of potential outliers, the number of variables, the existence of external factor affecting the hospitals’ production process, as well as the characteristics of the achieved frontiers. An important aspect is the assumption of convexity of the frontier. A better solution for hospital performance assessment is, then, the Order-a method.