A integralidade no Brasil e na Venezuela: similaridades e complementaridades
Integrality in Brazil and Venezuela: similarities and complementarities

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 23 (4), 2018
Publication year: 2018

O presente estudo tem como objetivo comparar a Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e na Venezuela, observando suas características quanto à integralidade. Possui abordagem qualitativa, por meio de análise documental, entrevistas semiestruturadas com informantes-chave e anotações em diário de campo. Observou-se as três dimensões de integralidade inseridas no processo de trabalho em saúde: o cuidado integral e holístico, visão do indivíduo como um ser complexo com múltiplas necessidades, exigindo a conexão de diversos saberes em saúde; a continuidade do cuidado na micropolítica institucional com articulação interprofissional, de forma a contemplar o cuidado singular; a continuidade do cuidado na macropolítica, quando é necessário um deslocamento aos demais níveis de atenção; incluiu-se ainda a intersetorialidade, quando as necessidades de um indivíduo e comunidade exigem uma articulação transetorial, com ação sobre os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença. Ressalta-se ainda a tendência singular de inclusão de uma formação médica comunitária integral. Conclui-se que estes países, fortalecidos pela democracia, aproximam-se em suas práticas de integralidade, bem como na construção de políticas sociais e de saúde para as populações menos favorecidas, em favor da equidade.(AU)
This study aims to compare Primary Health Care (PHC) in Brazil and Venezuela, considering its characteristics as to integrality. It has a qualitative approach, using documental analysis, semi-structured interviews with key informants and field diary notes.

We observed the three realms of integrality inherent to the health work process:

comprehensive and holistic care, the individual viewed as a complex being with multiple needs, requiring the connection of various health knowledge; continuity of care in institutional micro-policy with interprofessional articulation, in order to consider individual care; continuity of care in macro-policy, when a shift to other levels of care is needed; intersectoriality was also included, when the needs of an individual and community require a cross-sectoral coordination, with action on determinants and conditionants of the health-disease process. It is worth highlighting the natural tendency to include a comprehensive community medical training. We conclude that those countries strengthened by democracy draw their integrality practices closer, as well as the construction of social and health policies for underprivileged populations to achieve equity.(AU)

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