Avaliação microbiológica de salames coloniais comercializados em feiras livres de Toledo, PR
Microbiological evaluation of colonial salamis marketed in free trade in Toledo, PR
Hig. aliment; 32 (276/277), 2018
Publication year: 2018
Na região oeste do Paraná, um dos produtos mais comuns comercializados
nas feiras livres é o salame colonial, sendo este altamente perecível por
apresentar condições adequadas para contaminação, sobrevivência e multiplicação
microbiana, podendo estes ser patogênicos ou produzir metabólitos
liberando toxinas causando toxinfecções alimentares.O objetivo do presente
trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica dos salames coloniais por
meio da quantificação de coliformes totais e termotolerantes, pesquisa de
Staphylococcus aureus e pesquisa de Escherichia coli comparando a qualidade
dos produtos com a legislação vigente. No período de fevereiro e março
de 2017 foi avaliada a qualidade microbiológica de 11 amostras de salame
colonial produzidos artesanalmente e comercializadas em feiras livres no
município de Toledo, por meio da quantificação do Número Mais Provável
de coliformes totais e termotolerantes, e presença/ausência de Staphylococcus
aureus e Escherichia coli. Todas as amostras apresentaram valores acima
do estabelecido pela ANVISA segundo a Resolução n° 12 de 02 de janeiro de
2001, quanto à presença de coliformes totais e termotolerantes. Em relação à
Staphylococcus aureus, nenhuma das amostras apresentou resultado positivo
para a bactéria, estando assim em acordo com o estabelecido pela legislação.
Na pesquisa de Escherichia coli, das 11 amostras analisadas, 5 apresentaram-
-se positivas. Os resultados demonstram condições higienicossanitárias insatisfatórias
do produto e evidencia possíveis falhas durante o processamento
do salame, podendo estas ser por contaminação oriunda dos manipuladores,
condições de higiene dos abatedouros inadequada, tratamento térmico ineficiente,
contato do alimento com superfícies não sanitizadas, ou utilização de
temperaturas impróprias para a conservação do produto. Sugere-se, portanto,
a constante e efetiva fiscalização do produto e dos locais de armazenamento
e comercialização pelos órgãos competentes,
visando, assim, garantir a
qualidade e segurança do salame colonial
para consumo da população.(AU)