Relatos sobre a percepção da gravidez para um grupo de adolescentes e jovens mulheres
Reports on the perception of pregnancy for a group of adolescents and young women

Gerais (Univ. Fed. Juiz Fora); 10 (1), 2017
Publication year: 2017

O objetivo do estudo foi compreender a percepção da gravidez na adolescência por um grupo de adolescentes da cidade de Paracatu-MG. Realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, em uma unidade de Estratégia da Saúde da Família (ESF) com sete gestantes de até 19 anos incompletos em maio de 2011. O trabalho constou de uma entrevista inicial e três encontros grupais nos quais se debateram assuntos relacionados à gravidez e aos sentimentos gerados a partir da constatação desta. Nas entrevistas iniciais, todas disseram já ter usado algum método contraceptivo, mas, por ocasião da concepção, disseram que não se preocuparam com a possibilidade de uma gravidez nem com as doenças sexualmente transmissíveis. Cinco reconheceram que, se tivessem tido mais orientação, não teriam engravidado nesse momento. Embora a maioria dissesse ter aceitado a gravidez, sentimentos ambíguos de raiva, susto, medo e inclusive a cogitação de aborto foram considerados. Reconheceram a importância do apoio da família e de seus parceiros para isso. Diante do exposto, torna-se importante pensar em um modelo de atenção que considere as vicissitudes desse grupo, com suas expectativas, anseios, dúvidas e crenças, para que a orientação e os cuidados na atenção à saúde sejam possíveis em sua forma integral
The objective of the study was to understand the perception of teenager pregnancy by a group of adolescents from the city of Paracatu-MG. A qualitative study was carried out in a Family Health Strategy (ESF) unit with seven pregnant women under the age of 19 in May 2011. The study consisted of an initial interview and three group meetings in which issues were discussed about pregnancy and the feelings generated from the finding of it. In the initial interviews, they all said they had already used some contraceptive method, but at conception they said they did not care about the possibility of pregnancy or sexually transmitted diseases. Five acknowledged that if they had had more guidance, they would not have been pregnant at this time. Although most said they had accepted pregnancy, ambiguous feelings of anger, fear, fear and even thinking about abortion were considered. They recognized the importance of family and partner support for this. In view of the above, it is important to think of a model of care that considers the necessities of this group, with their expectations, longings, doubts and beliefs, so that the orientation and care in health care are possible in its integral form

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