Barreiras percebidas para a prática de atividade física entre universitários de Educação Física
Perceived barriers to physical activity in Physical Education students
Rev. bras. ativ. fís. saúde; 22 (1), 2017
Publication year: 2017
O objetivo deste estudo foi identificar as barreiras percebidas para a prática de atividade física entre universitários de Educação Física de Florianópolis, e testar a associação dessas barreiras percebidas com o nível de atividade física entre os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física. Participaram 301 universitários (173 homens e 128 mulheres) do curso de Educação Física (161 da Licenciatura e 140 do Bacharelado), com média de idade de 23,1(4,9) anos. Foram coletadas informações sociodemográficas, prática de atividade física (Estágios de Mudança de Comportamento relacionados à Atividade Física) e barreiras percebidas. As barreiras foram analisadas individualmente e agrupadas em domínios (ambiental, comportamental, físico e social). Associações entre barreiras percebidas (por domínios) e prática de atividades físicas foram testadas por meio de Regressão de Poisson. As principais barreiras percebidas pelos universitários, de ambos os cursos, foram jornada de trabalho extensa (Bacharelado= 16,5%, Licenciatura= 30,4%), falta de energia (Bacharelado= 11,5%, Licenciatura= 10,6%) e falta de companhia (Bacharelado= 7,2%, Licenciatura= 8,9%). As barreiras do domínio social estiveram associadas à inatividade física no Bacharelado (RP= 3,17; IC95%= 1,52-6,60) e na Licenciatura (RP= 1,89; IC95%= 1,14-3,13). Conclui-se que as barreiras mais prevalentes foram jornada de trabalho extensa, falta de energia e falta de companhia. Quando agrupadas por domínios, as sociais, em ambos os cursos, estiveram associadas à inatividade física. Ações devem ser voltadas a esses aspectos para diminuir seu impacto na tomada de decisão sobre a prática de atividades físicas.
This study aimed to identify the perceived barriers for physical activity among Physical Education college students of Florianopolis, and to test the association of these perceived barriers with physical activity level among Bachelor and Licenciate courses of Physical Education. Participants were 301 (173 male and 128 female) Physical Education college students (161 of Licenciate and 140 of Bachelor), with mean age of 23.1(4.9) years. Sociodemographic information, physical activity (Stages of Behavior Change for Physical Activity) and perceived barriers were collected. Barriers were analyzed individually and grouped in domains (environ-mental, behavioral, physical and social). Associations between perceived barriers and physical activity were tested by means of Poisson Regression. The main perceived barriers by students, of both courses, were extensive working time (Bachelor= 16.5%, Li-cenciate= 30.4%), lack of energy (Bachelor= 11.5%, Licenciate= 10.6%) and lack of company (Bachelor= 7.2%, Licenciate= 8.9%). Barriers of social domain were associated to physical inactivity in Bachelor (PR= 3.17; CI95%= 1.52-6.60) and in Licenciate (PR= 1.89; CI95%= 1.14-3.13). We conclude that the most prevalente perceived barriers were extensive working time, lack of energy and lack of company. When grouped by domains, social barriers, for both courses, were associated to physical inactivity. Actions should be directed to these aspects to reduce its impact in decision taking to physical activity.