Corneal properties and glaucoma: a review of the literature and meta-analysis
Propriedades da córnea e glaucoma: revisão da literatura e meta-análise

Arq. bras. oftalmol; 80 (3), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Purpose:

Studies have suggested that corneal biomechanical properties influence intraocular pressure (IOP) measurements, namely central corneal thickness (CCT) and corneal hysteresis (CH). The present study aimed to investigate the associations of CH and CCT with glaucoma development.

Methods:

We performed a review of the literature and meta-analysis of observational studies (2006-2016) that included both adult glaucoma patients and controls and reported CCT and CH as outcomes. Nineteen studies were conside red eligible, and the mean difference (MD) between groups (patient and control) for both variables was used for statistical analyses.

Results:

A total of 1,213 glaucoma and 1,055 healthy eyes were studied. Quan titative analysis suggested that CH was significantly lower in the glaucoma group than in the control group (MD=-1.54 mmHg, 95% CI [-1.68, -1.41], P<0.0001). Additionally, CCT was significantly lower in the glaucoma group than in the control group (MD=-8.49 µm, 95% CI [-11.36, -5.62], P<0.001).

Conclusion:

Corneal properties appear to differ between glaucoma patients and healthy controls. Our results emphasize the importance of corneal biomechanical properties in IOP interpretation and should support further studies on the influence of CH and CCT in glaucoma screening and diagnosis.

RESUMO Objetivo:

A literatura sugere que as propriedades biomecânicas da córnea, nomeadamente a espessura central da córnea (ECC) e a histerese corneana (HC), influenciam a medição da pressão intraocular (PIO). Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre a ECC e a HC e o desenvolvimento de glaucoma.

Métodos:

Revisão da literatura e meta-análise. Foram incluídos estudos observacionais, publicados entre 2006 e 2016, que integrassem um grupo controle e um grupo de pacientes com glaucoma em que estes dois grupos apresentassem, igualmente, a ECC e a HC como parâmetros. Dezenove estudos foram considerados elegíveis e a diferença média (MD) daqueles parâmetros nos dois grupos foi utilizada para análise estatística.

Resultados:

Estudaram-se um total de 1.213 olhos com glaucoma e 1.055 olhos saudáveis. A análise quantitativa revelou que a HC é significativamente mais baixa no grupo de doentes com glaucoma quando comparada com o grupo controle (MD=-1,54 mmHg, intervalo de confiança de 95% [-1,68-1,41], P<0,00001). A ECC foi, também, significativamente mais baixa no grupo glaucoma quando comparada com os indivíduos saudáveis MD=-8,49 µm, intervalo de confiança de 95% [-11,36, -5,62], P<0,001).

Conclusão:

Os pacientes com glaucoma parecem possuir propriedades corneanas diferentes das que apresentam os indivíduos saudáveis. Os resultados enfatizam a importância das propriedades biomecânicas da córnea na interpretação da PIO e devem contribuir para novos estudos sobre a influência da HC e da ECC no rastreio e diagnóstico do glaucoma.

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