Arq. gastroenterol; 54 (3), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT BACKGROUND:
The pre-transplant period is complex and includes lots of procedures. The severity of liver disease predisposes to a high number of hospitalizations and high costs procedures. Economic evaluation studies are important tools to handle costs on the waiting list for liver transplantation. OBJECTIVE:
The objective of the present study was to evaluate the total cost of the patient on the waiting list for liver transplantation and the main resources related to higher costs. METHODS:
A cost study in a cohort of 482 patients registered on waiting list for liver transplantation was carried out. In 24 months follow-up, we evaluated all costs of materials, medicines, consultations, procedures, hospital admissions, laboratorial tests and image exams, hemocomponents replacements, and nutrition. The total amount of each resource or component used was aggregated and multiplied by the unitary cost, and thus individual cost for each patient was obtained. RESULTS:
The total expenditure of the 482 patients was US$ 6,064,986.51. Outpatient and impatient costs correspond to 32.4% of total cost (US$ 1,965,045.52) and 67.6% (US$ 4,099,940.99) respectively. Main cost drivers in outpatient were:
medicines (44.31%), laboratorial tests and image exams (31.68%). Main cost drivers regarding hospitalizations were:
medicines (35.20%), bed use in ward and ICU (26.38%) and laboratorial tests (13.72%). Patients with MELD score between 25-30 were the most expensive on the waiting list (US$ 16,686.74 ± 16,105.02) and the less expensive were those with MELD below 17 (US$ 5,703.22 ± 9,318.68). CONCLUSION:
Total costs on the waiting list for liver transplantation increased according to the patient's severity. Individually, hospitalizations, hemocomponents reposition and hepatocellular carcinoma treatment were the main cost drivers to the patient on the waiting list. The longer the waiting time, the higher the total cost on list, causing greater impact on health systems.
RESUMO CONTEXTO:
O período pré-transplante é complexo e inclui grande quantidade de procedimentos. A gravidade da doença hepática predispõe a um alto número de internações e procedimentos de alto custo. Estudos em avaliação econômica são uma importante ferramenta para o manejo dos custos em lista de espera para o transplante hepático. OBJETIVO:
O objetivo do presente estudo foi avaliar o custo total do paciente em lista de espera para o transplante hepático e os principais recursos relacionados ao alto custo. MÉTODOS:
Foi realizado um estudo de coorte em 482 pacientes registrados em lista de espera para o transplante hepático. Os pacientes foram acompanhados por um período de 24 meses, no qual foram avaliados todos os custos de materiais, medicamentos, consultas, procedimentos internações, exames laboratoriais e de imagem, reposição de hemocomponentes e nutrição recebida. A quantidade total de cada recurso e componente utilizado foi obtida e multiplicada pelo seu valor unitário e, desta maneira, o custo individual de cada paciente foi obtido. RESULTADOS:
O total gasto pelos 482 pacientes foi de US$ 6.064.986,51. Os custos ambulatoriais corresponderam a 32,4% do total (US$ 1.965.045,52) e os custos em internação corresponderam a 67,6% do total (US$ 4.099.940,99). Os principais determinantes do custo em ambulatório foram:
medicamentos (44,31%) e exames laboratoriais e de imagem (31,68%). Os principais determinantes de custo em internações foram:
medicamentos (35,20%), utilização do leito em enfermaria e em UTI (26,38%) e exames laboratoriais (13,72%) Pacientes com valores de MELD entre 25-30 foram os de maiores custos em lista de espera (US$ 16.686,74 ± 16,105.02) e os de menor custo foram os pacientes com MELD abaixo de 17 (US$ 5.703,22 ± 9.318,68). CONCLUSÃO:
O custo total em lista de espera para o transplante hepático aumenta de acordo com a gravidade do paciente. Individualmente, internações, reposição de hemocomponentes e o tratamento do paciente com carcinoma hepatocelular são os principais determinantes de custo para os pacientes em lista de espera para o transplante hepático. Quanto maior o tempo de espera, maiores serão os custos em lista, causando maior impacto nos sistemas de saúde.