Utilização dos níveis de amilase no dreno abdominal para diagnóstico de fístulas anastomóticas após o bypass gástrico em Y de Roux
Drain amylase levels may indicate gastrojejunostomy leaks after roux-en-y gastric bypass

Arq. gastroenterol; 55 (1), 2018
Publication year: 2018

ABSTRACT BACKGROUND:

Although the incidence of leaks after Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) significantly decreased over time, their detection still remains challenging.

OBJECTIVE:

This study aimed to determine the usefulness of drain amylase levels to detect leaks after RYGB.

METHODS:

This is a population-based study which enrolled 170 individuals who underwent RYGB. Drain amylase levels were determined on the first and fourth postoperative days.

Two thresholds were evaluated:

three times higher than the serum levels (parameter I) and higher than 250 IU/L (parameter II). The main outcomes evaluated were perioperative morbidity, the occurrence of leaks, 30-day readmissions and reoperations, hospital stay, and mortality.

RESULTS:

Considering the parameter I, high drain amylase levels were significantly associated with leaks (12.5% vs 0; P<0.00001). Considering the parameter II, high drain amylase levels were significantly associated with longer hospital stay (8±5.7 vs 4.5±1.3 days; P=0.00032), 30-day reoperations (50% vs 3%; P=0.000285), and leaks (50% vs 0; P<0.00001). The parameter I presented a sensitivity of 100% and specificity of 95.9%, whereas the parameter II presented a sensitivity of 100% and a specificity of 99.4%.

CONCLUSION:

The determination of drain amylase levels after RYGB was a significant indicator of leaks, hospital stay, and 30-day reoperations. This finding reinforces the importance of abdominal drainage in the RYGB within this context.

RESUMO CONTEÚDO:

Embora a incidência de fistulas após o bypass gástrico em Y de Roux (BGRY) tenha diminuído significativamente com a evolução da técnica, sua detecção continua desafiadora.

OBJETIVO:

Determinar a acurácia dos níveis de amilase no dreno abdominal para detector fístulas após o BGYR.

MÉTODOS:

Este é um estudo populacional que avaliou 170 indivíduos submetidos ao BGYR. Os níveis de amilase no dreno foram determinados no primeiro e quarto dias de pós-operatório.

Dois pontos de corte foram avaliados:

três vezes maior que os níveis séricos (parâmetro I) e acima de 250 UI/L (parâmetro II).

Os principais desfechos estudados foram:

morbidade perioperatória, ocorrência de fístulas, reinternações e reoperações nos primeiros 30 dias, permanência hospitalar e mortalidade.

RESULTADOS:

Considerando o parâmetro I, altos níveis de amilase do dreno foram indicadores significativos de fístulas (12,5% vs 0; P<0,00001). Considerando o parâmetro II, altos níveis de amilse no dreno estiveram significativamente associados a maior permanência hospitalar (8±5,7 vs 4,5±1,3 dias; P=0,00032), frequência de reoperações (50% vs 3%; P=0,000285) e ocorrência de fístulas (50% vs 0; P<0,00001). O parâmetro I apresentou sensibilidade de 100% e especificidade de 95,9%, enquanto o parâmetro II apresentou sensibilidade de 100% e especificidade de 99,4%.

CONCLUSÃO:

A determinação dos níveis de amilase no dreno após o BGYR foi um indicador significativo de fístulas, permanência hospitalar e reoperações. Este achado reforça a importância da drenagem abdominal no BGYR dentro deste contexto.

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