Seasonality, biology and threats to Sicalis luteola (Sparrman, 1789) (Aves, Thraupidae) in northeastern Brazil
Sazonalidade, biologia e ameaças ao canário-tipio Sicalis luteola (Sparrman, 1789) (Aves, Thraupidae) no Nordeste do Brasil

Braz. j. biol; 77 (2), 2017
Publication year: 2017

Abstract Sicalis luteola occurs from Mexico to South America. In the Northeastern Brazilian region its biology, population dynamics and threats are poorly known. The subspecies S. luteola luteiventris apparently migrates northward during austral winter.

The specific aims of this work were:

1) to verify the seasonality of the species; 2) to analyze information on molting and breeding, and 3) to check the main threats to this bird in northeastern Brazil. The highest number of records were in March, April, and May (51.12%) and the lowest in November and December (3%).We found a greater population peak in April in the states of Rio Grande do Norte and Ceará, and in April and May in Pernambuco. In Paraíba there was not an apparent seasonal variation in frequency. We captured 66 individuals, all adults, being 38 males and 28 females. 30% of the captured birds showed contour feathers molt, mainly on the head. A total of 23 individuals had brood patch, all being females. Six nests were found and four contained two to three eggs. We found that the main threat is the illegal trade. Our findings may support conservation plans for this bird in the region.
Resumo Sicalis luteola ocorre do México a América do Sul. No Nordeste do Brasil sua biologia, dinâmica populacional e ameaças são pouco conhecidas. A subespécie S. luteola luteiventris aparentemente migra em direção ao norte durante o inverno austral.

Os objetivos específicos deste trabalho foram:

1) verificar a sazonalidade da espécie, 2) obter informações referentes a muda e reprodução, e 3) verificar quais as principais ameaças. Os meses com os maiores números de registros foram março, abril e maio (51,12%), enquanto os meses de novembro e dezembro foram os menos representativos (3%). Foi encontrado um grande pico populacional no mês de abril nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, e em abril e maio em Pernambuco. Na Paraíba não houve uma variação sazonal marcante. Foram capturados 66 indivíduos, todos adultos, sendo 38 machos e 28 fêmeas. 30% das aves capturadas apresentaram muda nas penas de contorno, principalmente na cabeça. Um total de 23 indivíduos apresentou placa de incubação, sendo todas fêmeas. Seis ninhos foram encontrados, quatro deles continham dois ou três ovos. A principal ameaça a espécie no Nordeste é o comércio ilegal de aves silvestres. Este trabalho fornece importantes ferramentas para subsidiar planos de conservação para essa ave na região.

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