Parasitism by a Digenea in Lucina pectinata (Mollusca: Lucinidae)
Parasitismo por um Digenea em Lucina pectinata (Mollusca: Lucinidae)

Braz. j. biol; 78 (1), 2018
Publication year: 2018

Abstract Lucina pectinata is an important economic resource in the Brazilian coast. This study reports parasitism caused by a Digenea in this species. The specimens (n = 470) were collected in December 2012 in a mangrove swamp of the Cachoeira River estuary, Bahia, Brazil. They were measured along the anterior-posterior axis (length), and after macroscopic analysis for parasites and diseases cuts of 5 mm were fixated in Carnoy's solution and processed by routine histology technique wherein sessions of 7 μm were stained with Harris hematoxylin and eosin (H&E). The tissues were examined using an optical microscope. The mean length of L. pectinata was 4.0 ± 0.53 cm. Microscopic analysis showed sporocysts containing both germ balls as cercariae of an unidentified Digenea (Platyhelminthes), these in various stages of development. The prevalence was 1.48% (7/470). In a parasitized specimen was macroscopic evidence of tissue densification of gills. The sporocysts were observed in mantle, gills, digestive gland and gonads, with evident alteration/destruction of tissues, including parasitic castration. There were no other parasites found, which is probably related to inaccessibility and chemical conditions in which lives L. pectinata, i.e., between 10 and 20 cm in mangrove sediment.
Resumo Lucina pectinata é um importante recurso econômico na costa brasileira. Este estudo relata parasitismo causado por um Digenea nesta espécie. Os exemplares (n = 470) foram coletados em dezembro de 2012 em um manguezal do estuário do Rio Cachoeira, Ilhéus, Bahia. Estes foram medidos quanto ao eixo ântero-posterior (comprimento) e após análise macroscópica quanto a parasitos e enfermidades, cortes transversais de 5 mm foram fixados em solução de Carnoy e processados por técnica rotineira de histologia, sendo que sessões de 7 μm foram coradas com hematoxilina de Harris e eosina (HE). Os tecidos foram examinados em microscopia de luz. A média de comprimento de L. pectinata foi de 4,0 ± 0,53 cm. A análise microscópica evidenciou esporocistos de um Digenea (Platyhelminthes) não identificado, contendo massas germinativas e cercárias, estas em vários estágios de desenvolvimento. A prevalência foi de 1,48% (7/470). Um dos exemplares parasitado apresentou adensamento dos tecidos nas brânquias. Os esporocistos foram observados no manto, brânquias, glândula digestiva e gônadas, causando evidente alteração/destruição de tecidos, inclusive castração parasitária. Não foram observados outros parasitos, o que está provavelmente associado à inacessibilidade e condições químicas em que vive este hospedeiro, isto é, entre 10 e 20 cm no sedimento do manguezal.

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