Changes on physiological parameters of tambaqui (Colossoma macropomum) fed with diets supplemented with Amazonian fruit Camu camu (Myrciaria dubia)

Aride, P H R; Oliveira, A M; Batista, R B; Ferreira, M S; Pantoja-Lima, J; Ladislau, D S; Castro, P D S; Oliveira, A T

Abstract The physiological responses of juvenile tambaqui (Colossoma macropomum) fed commercial feed supplemented with different concentrations of camu camu (Myrciaria dubia) were evaluated. The design was completely randomized, with treatments arranged in a factorial design with three proportions of camu camu (15%, 30% and 45%) and a control treatment (100% commercial diet), with four replicates per treatment. A total of 96 tambaqui specimens were used, with a mean initial weight of 11.69 ± 2.68 g and a mean length of 7.06 ± 0.44 cm. After 30 days, hematological parameters, metabolic variables, growth and fish swimming performance were evaluated. The different proportions of camu camu in the diet did not cause significant changes to the tambaqui's hematological parameters during the feeding period, except for hemoglobin (Hb) concentration and mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC) after the 30th day, and hematocrit (Ht) after the swimming stress test, which increased significantly (p < 0.05). The significant increases in metabolic variables, such as cortisol, glucose, proteins and triglycerides, and in hematologic variables after the Ucrit test reflect, respectively, biochemical adaptations for maintenance of the energy mobilization process and a regulatory necessity in tissue oxygen demand during intense exercise. Fish fed 15% and 30% camu camu gained the most weight and achieved the best swimming performance, respectively. The results for camu camu concentrations above 30% suggest a saturation of its intrinsic properties in the diet at this level and a loss of nutrients from the commercial feed replaced by the fruit, reducing productive performance and nutritional assimilation.

Resumo As respostas fisiológicas de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) alimentados com ração comercial suplementada com diferentes concentrações de camu camu (Myrciaria dubia) foram avaliados. As amostras analisadas foram inteiramente casualizadas, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial com três proporções de camu camu (15%, 30% e 45%) e um tratamento controle (ração comercial 100%), com quatro repetições por tratamento. Um total de 96 amostras de tambaqui foram utilizadas, com um peso médio inicial de 11,69 ± 2,68 g e um comprimento médio de 7,06 ± 0,44 cm. Após 30 dias, foram avaliados os parâmetros hematológicos, variáveis metabólicas, crescimento e desempenho natatório de peixes. As diferentes proporções de camu camu na dieta não causou alterações significativas nos parâmetros hematológicos dos tambaquis durante o período de alimentação, com exceção de hemoglobina (Hb) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), após o 30º dia, e hematócrito (Ht), após o teste de natação de estresse, que aumentou de forma significativa (p <0,05). Os aumentos significativos nas variáveis metabólicas, como o cortisol, glicose, proteínas e triglicerídeos, e nas variáveis hematológicas após o teste Ucrit reflete, respectivamente, adaptações bioquímicas para a manutenção do processo de mobilização de energia e uma necessidade de regulamentação na demanda de oxigênio nos tecidos durante o exercício intenso. Os peixes alimentados com 15% e 30% de camu camu obtiveram mais peso e melhor desempenho natatório, respectivamente. Os resultados para as concentrações camu camu superiores a 30% indicam uma saturação das suas propriedades intrínsecas na dieta, a este nível e uma perda de nutrientes a partir da ração comercial substituído pelo fruto, reduzindo o desempenho produtivo e assimilação nutricional.