Perkinsus beihaiensis (Perkinsozoa) in oysters of Bahia State, Brazil
Perkinsus beihaiensis (Perkinsozoa) em ostras do Estado da Bahia

Braz. j. biol; 78 (2), 2018
Publication year: 2018

Abstract This study reports the pathogen Perkinsus beihaiensis in oysters of the genus Crassostrea on the coast of the State of Bahia (Brazil), its prevalence, infection intensity and correlation with salinity. Oysters (n = 240) were collected between October and December 2014 at eight sampling stations between latitudes 13°55'S and 15°42'S. The laboratory procedures included macroscopic analysis, histology, culture in Ray's fluid thioglycollate medium (RFTM), Polymerase Chain Reaction (PCR) and DNA sequencing. PCR and sequencing have been used for the genetic identification of oysters as well.

Two species of oysters have been identified:

Crassostrea rhizophorae and C. brasiliana. In both oyster species P. beihaiensis was the only Perkinsus species detected. In C. rhizophorae, the average prevalence was 82.8% by histology and 65.2% by RFTM. In C. brasiliana, the prevalences were 70.5% and 35.7%, respectively. The higher prevalence of P. beihaiensis in C. rhizophorae was probably influenced by salinity, with which was positively correlated (r> 0.8). In both oysters, P. beihaiensis was located mainly in the gastric epithelium. The infection was generally mild or moderate, without apparent harm to the hosts, but in cases of severe infection, there was hemocytical reaction and tissue disorganization. The generally high prevalence in the region suggests that oysters should be monitored with respect to this pathogen, especially in growing areas.
Resumo Este estudo relata o patógeno Perkinsus beihaiensis em ostras do gênero Crassostrea no litoral do Estado da Bahia (Brasil), sua prevalência, intensidade de infecção e correlação com a salinidade. As ostras (n = 240) foram coletadas entre outubro e dezembro de 2014 em oito estações amostrais entre as latitudes 13°55'S e 15°42'S. Os procedimentos laboratoriais incluíram análise macroscópica, histologia, cultivo em meio de tioglicolato de Ray (RFTM), reação em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento de DNA. PCR e sequenciamento foram também utilizados para a identificação genética das ostras.

Foram identificadas duas espécies de ostras:

Crassostrea rhizophorae e C. brasiliana. Em ambas as espécies, P. beihaiensis foi a única espécie de Perkinsus detectada. Em C. rhizophorae, a prevalência média foi de 82,8% por histologia e de 65,2% por RFTM. Em C. brasiliana, as prevalências foram de 70,5% e 35,7%, respectivamente. A maior prevalência de P. beihaiensis em C. rhizophorae foi provavelmente influenciada pela salinidade, com a qual este apresentou correlação positiva (r>0,8). Em ambas as espécies, P. beihaiensis esteve localizada principalmente no epitélio gástrico. A infecção foi geralmente leve ou moderada, sem danos aparentes aos hospedeiros, mas em casos de infecção severa, houve reação hemocitária e desorganização de tecidos. As prevalências geralmente altas na região sugerem que as ostras devam ser monitoradas com relação a este patógeno, principalmente em áreas de cultivo.

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