Occupational exposure to hydrogen cyanide during large-scale cassava processing, in Alagoas State, Brazil
Exposição ocupacional ao cianeto de hidrogênio durante a produção industrial da farinha de mandioca no Estado de Alagoas, Brasil
Exposición ocupacional al cianuro de hidrógeno durante la producción industrial de la harina de mandioca en el estado de Alagoas, Brasil

Cad. Saúde Pública (Online); 33 (7), 2017
Publication year: 2017

Abstract:

The cassava roots used for flour production contain high amounts of cyanogenic glycosides and are, therefore, potential hydrogen cyanide (HCN) releasers. This fact is the cause of an increasing health concern in the sector of cassava processing. Brazilian workers engaged in the flour production may be chronically exposed to HCN in levels above the safety limits. This hypothesis is based on the drastic reduction in cyanide content of cassava roots during a traditional Brazilian method of processing and in the physical properties of the compound, which makes it very susceptible to volatilization and air contamination. As an attempt to explore this issue, HCN exposure in Brazilian "flour houses" was evaluated in this study through environmental and biological monitoring. Four flour houses placed in Alagoas State, Brazil, were investigated. The results indicated that the cassava processors are chronically exposed to HCN at average levels between 0.464 and 3.328mg/m3 (TWA), in the work environment. This range is below the TLV-C of 5mg/m3 but not below the Action Level of 2.5mg/m3. These data may be interpreted as a possible risk to susceptible individuals. Additionally, the biological monitoring indicated a high cyanide exposure in the population study, considering urinary thiocyanate (SCN-) levels.

Resumo:

As raízes da mandioca utilizadas na produção de farinha contêm altos teores de glicosídeos cianogênicos; portanto, representam fontes potenciais de liberação de cianeto de hidrogênio. Esse fato causa preocupação crescente quanto à saúde dos trabalhadores na indústria de processamento da mandioca. Os trabalhadores brasileiros na produção da farinha de mandioca podem estar cronicamente expostos ao cianeto de hidrogênio em níveis acima dos limites seguros. Essa hipótese é baseada na redução drástica do nível de cianeto nas raízes da mandioca durante o método tradicional de processamento no Brasil, e nas propriedades físicas do composto, fazendo com que seja altamente suscetível à volatilização e à contaminação atmosférica. Para explorar essa questão, o estudo avaliou a exposição ao cianeto de hidrogênio em casas de farinha brasileiras através da monitorização ambiental e biológica. Foram estudadas quatro casas de farinha localizadas no Estado de Alagoas. Os resultados mostraram que os trabalhadores no processamento da mandioca estão expostos cronicamente ao cianeto de hidrogênio em níveis médios entre 0,464 e 3,328mg/m3 (TWA). Essa faixa é abaixo do TLV-C de 5mg/m3, mas não abaixo do Nível de Ação de 2,5mg/m3. Os dados podem ser interpretados como de risco potencial para os indivíduos suscetíveis. Além disso, a monitorização biológica indicou exposição elevada ao cianeto na população do estudo, considerando os níveis urinários de tiocianato.

Resumen:

Las raíces de la mandioca, utilizadas en la producción de harina contiene altas proporciones de glucósidos cianogénicos; por tanto, representan fuentes potenciales de liberación de cianuro de hidrógeno. Este hecho causa una preocupación creciente, en cuanto a la salud de los trabajadores en la industria de procesamiento de la mandioca. Los trabajadores brasileños en la producción de harina de mandioca pueden estar crónicamente expuestos al cianuro de hidrógeno a niveles superiores de los límites seguros. Esta hipótesis está basada en la reducción drástica del nivel de cianuro en las raíces de la mandioca durante el método tradicional de procesamiento en Brasil, y en las propiedades físicas del compuesto, provocando que sea altamente susceptible a la volatilización y a la contaminación atmosférica. Para explorar esta cuestión, el estudio evalúo la exposición al cianuro de hidrógeno en fábricas de harina brasileñas, a través de la monitorización ambiental y biológica. Se estudiaron cuatro fábricas de harina localizadas en el estado de Alagoas. Los resultados mostraron que los trabajadores en el procesamiento de la mandioca están expuestos crónicamente al cianuro de hidrógeno en niveles medios entre 0,464 y 3,328mg/m3 (TWA). Esta franja está por debajo del TLV-C de 5mg/m3, pero no por debajo del nivel de acción de 2,5mg/m3. Los datos pueden ser interpretados como de riesgo potencial para los individuos susceptibles. Además, la monitorización biológica indicó exposición elevada al cianuro en la población del estudio, considerando los niveles urinarios de tíocianato.

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