Cad. Saúde Pública (Online); 33 (9), 2017
Publication year: 2017
Resumen:
El abandono temprano de la lactancia materna representa un problema de salud pública, tanto en las sociedades desarrolladas, como en vías de desarrollo, las construcciones sociales de género y las desigualdades sociales entre hombres y mujeres contribuyen a la complejidad del fenómeno. Este artículo reflexiona sobre las experiencias que padres y madres viven frente a la reconfiguración de cuerpos, roles y cotidianeidades que implica la lactancia. Se trató de un estudio cualitativo, desde un enfoque fenomenológico interpretativista y con perspectiva de género, realizado con parejas cuyos hijos tenían menos de seis meses de edad, que lactaran o hubiesen brindado lactancia y aceptaran de manera voluntaria participar. Se realizó un análisis fenomenológico sobre "unidades de significado" en las cuatro dimensiones que explora la fenomenología: corporalidad, tiempo, espacio y relaciones. En las mujeres se identificó la existencia de conflicto y culpa asociada a la práctica de la lactancia, sus necesidades de sueño y descanso les hacen vivir la lactancia como una función que las sobrecarga de más en su vida cotidiana. Sus parejas muestran limitaciones derivadas de los constructos sociales de masculinidad para involucrarse en la crianza y respaldarlas para la continuidad de la lactancia. Resulta urgente que los profesionales de la salud problematicen los procesos de maternazgo-paternazgo en la crianza y lactancia, desde una perspectiva incluyente de género que reste importancia al binomio materno-filial y haga especial énfasis en la tríada madre-hijo-padre.
Abstract:
Early interruption of maternal breastfeeding is a public health problem in developed and developing societies, and social gender constructions and social inequalities between men and women contribute to the phenomenon's complexity. The article reflects on the experiences of fathers and mothers with the reconfiguration of bodies, roles, and daily routines involved in breastfeeding. This was a qualitative study with an interpretative phenomenological focus and gender perspective in couples whose children were less than six months old, who were breastfeeding or had breastfed and agreed to participate voluntarily. A phenomenological analysis was performed on "units of meaning" in the four dimensions explored by phenomenology: corporality, time, space, and relations. Among the mothers, the analysis identified the existence of conflict and guilt associated with breastfeeding; the mothers' need for sleep and rest made them experience breastfeeding as a role that overburdened them in their daily lives. Their spouses showed limitations resulting from social constructs of masculinity, in becoming involved with the infant and supporting the mother to continue breastfeeding. It is thus urgent for health professionals to discuss the processes of motherhood and fatherhood in relation to infants and breastfeeding, from an inclusive gender perspective that assigns importance to the mother-infant dyad, with special emphasis on the mother-infant-father triad.
Resumo:
O abandono precoce do aleitamento materno representa um problema de saúde pública, tanto nas sociedades desenvolvidas quanto naquelas em desenvolvimento. As construções sociais de gênero e as desigualdades sociais entre homens e mulheres contribuem para a complexidade do fenômeno. O artigo traz uma reflexão sobre as experiências de pais e mães frente à reconfiguração de corpos, papéis e vida cotidiana na relação com o aleitamento. O estudo é qualitativo, desde um enfoque com interpretação fenomenológica e perspectiva de gênero, realizado com casais cujos filhos tinham menos de seis meses de idade, que estavam praticando ou haviam praticado aleitamento materno e que aceitavam participar voluntariamente. Foi realizada uma análise fenomenológica sobre "unidades de significado" nas quatro dimensões exploradas pela fenomenologia: corporalidade, tempo, espaço e relações. Identificou-se nas mulheres a existência de conflito e culpa associados à prática do aleitamento, onde suas necessidades de sono e de descanso lhes fazem vivenciar o aleitamento enquanto uma função que sobrecarrega excessivamente a vida cotidiana. Os companheiros demonstram limitações, derivadas dos construtos sociais da masculinidade, no sentido de se envolver com a criança e respaldá-las para assegurar a continuidade do aleitamento. É urgente que os profissionais da saúde problematizem os processos de maternidade e paternidade em relação ao lactente a ao aleitamento, desde uma perspectiva inclusiva de gênero que reconheça a importância do binômio mãe-filho e enfatize especialmente a tríade mãe-filho-pai.