Obesity and orthodontic treatment: is there any direct relationship?

Dental press j. orthod. (Impr.); 22 (3), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Obesity is a wide-spread condition directly or indirectly connected with an increase in the prevalence of a variety of human diseases. It affects over 50% of the western overall population. In 2017, a thorough analysis of 204 studies on obesity and cancer revealed that the condition increases the risk of the following types of cancer: stomach, colon, rectal, bile duct, pancreatic, esophagus, breast, endometrial, ovarian, kidney and multiple myeloma. The first study aiming at establishing a connection between obesity and the rate of induced orthodontic tooth movement was conducted by Saloom et al; however, it could not effectively nor significantly reveal any direct influence or effect. Despite being identified during the first week, differences could not be explained and treatment time remained unchanged. In spite of lack of studies in the literature on the connection between obesity and the rate of induced tooth movement, in clinical practice, courses or specialized training, we should not have protocols changed nor adopt any measures or expect significant differences between normal-weight and obese individuals. It should be emphasized that unsuccessful cases or cases of root resorption associated with treatment should not be assigned to obesity, since scientific data is insufficient to do so.
RESUMO A obesidade representa uma epidemia que afeta mais de 50% da população ocidental e está, direta ou indiretamente, relacionada com o aumento na prevalência de algumas doenças humanas. Em 2017, em uma análise minuciosa de 204 trabalhos sobre a obesidade e o câncer, observou-se que ela aumenta os riscos de câncer de estômago, cólon, reto, vias biliares, pâncreas, esôfago, mama, endométrio, ovário, rim e mieloma múltiplo. O primeiro trabalho que procurou relacionar a obesidade com a velocidade de movimentação dentária ortodôntica foi apresentado por Saloom et al., mas não conseguiu demonstrar, de forma efetiva e significativa uma influência ou efeito direto. As diferenças ocorreram apenas na primeira semana, e sem explicação, mas o tempo total do tratamento não foi alterado. Na prática clínica, em aulas ou nos treinamentos de especialistas, não devemos - tendo em vista a ausência na literatura que correlacione a obesidade e a velocidade da movimentação dentária induzida - mudar protocolos, adotar medidas ou ter expectativas de diferenças significativas entre pessoas com peso normal e obesas. Ressalta-se, ainda, que casos de insucesso e/ou de reabsorções radiculares associadas ao tratamento nesses pacientes não devem ser atribuídos à obesidade, pois não há base científica para isso.

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