Fisioter. Mov. (Online); 30 (supl.1), 2017
Publication year: 2017
Abstract Introduction:
studying the influence of surfing on the prevalence of injuries may contribute to prevention. Objective:
to analyze the influence of time practicing sports and the occurrence of previous surgery on the profile and prevalence of injuries caused by surfing. Methods:
Sixty-six Brazilian surfers (26.16 ± 0.73 years old) participated in this study. Anthropometric data, physical activity level, surfing practice time and the prevalence of injuries (type of injury, anatomical region affected, and mechanism of injury) were evaluated. To assess which of the studied variables exerted significant influence on the mean number of injuries, a Poisson log-linear model was adjusted through R software (p < 0.05). Results:
most surfers were classified as eutrophic (73%), very active (60.6%), had an average practice time of 10.1 ± 1 years, and were not members of a surfing federation (74%). It was also observed that 90.9% of participants reported injuries caused by surfing and 44.9% affected the lower limbs. The majority of these injuries affected the integumentary system (46.6%). The main mechanism of injury was impact with the board or seabed (40.4%). Furthermore, it was found that surfing federation members presented an average of 58.4% more injuries than non-members (p = 0.007). Surfers who had undergone previous surgeries showed an average number of injuries that was 56.9% higher than other surfers (p = 0.012). In addition, it was found that for each extra year of surfing, the average number of injuries increased by 2.5% (p = 0.0118). Conclusion:
the average number of injuries increased with increment in time practicing the sport, previous surgery and membership in a surfing federation.
Resumo Introdução:
estudar a influência da prática de surf sobre a prevalência de lesões pode contribuir para sua prevenção. Objetivo:
analisar a influência do tempo de prática esportiva e realização de cirurgia prévia sobre o perfil e prevalência das lesões decorrentes do surf. Métodos:
Participaram 66 surfistas brasileiros (26,16 ± 0,73 anos). Foram avaliados os dados antropométricos, o nível de atividade física, o tempo de prática de surf e a prevalência de lesões (tipo de lesão, região anatômica acometida e o mecanismo de lesão). Para avaliar quais das variáveis estudadas exerciam influência significativa na média de lesões foi ajustado um modelo log-linear de Poisson por meio do software R (p < 0,05). Resultados:
A maior parte dos surfistas foi classificada como eutróficos (73%), muito ativos (60,6%), tempo médio de prática de 10,1 ± 1 anos e não federados (74%). Foi observado que 90,9% dos participantes reportaram lesões decorrentes do surf, sendo que 44,9% destas lesões acometeram os membros inferiores e a maioria atingiu o sistema tegumentar (46,6%). O principal mecanismo de lesão foi o choque com prancha/fundo do mar (40,4%). Ainda, verificou-se que surfistas federados apresentaram média estimada de lesões 58,4% maior que os não federados (p = 0,007). Surfistas submetidos a cirurgias prévias apresentaram média estimada de lesões 56,9% maior que os demais (p = 0,012). Além disso, constatou-se que para cada ano a mais de prática de surf, a média estimada de lesões cresceu 2,5% (p = 0,0118). Conclusão:
A média estimada de lesões dos surfistas aumentou com o incremento do tempo de prática, realização de cirurgia pregressa e estar federado.