Fisioter. Mov. (Online); 30 (supl.1), 2017
Publication year: 2017
Abstract Introduction:
Urinary incontinence (UI) can affect women's lives in all areas, including in the occupational context, due to an uncomfortable workplace, incorrect positions for long periods of time and the handling of heavy items. Another worrying aspect is that the knowledge about urinary incontinence, in the health area, and its forms of treatment is still small among the low-income population. Objective:
To verify the prevalence and knowledge about urinary incontinence and treatment possibilities among low-income working women. Methods:
A cross-sectional study carried out on working women of a poultry processing plant. Results:
The study included 136 women with an average age of 33.7 ± 9.7 years; body mass index of 26.6 ± 5.6 kg/m2; parity of 2.1 ± 1.1 children; monthly income of 2.3 ± 1 minimum wages. Of those interviewed, 63.9% were white; 44.8% had incomplete primary education; 52.9% were single; 53.6% underwent cesarean section delivery; and of those who underwent normal labor delivery, 86.6% underwent episiotomy. The prevalence of urinary incontinence was found to be 2.9%, and among the women affected, two reported that UI led to sexual, social, water and occupational restriction, and one of them believes that UI interferes with her concentration and productivity in the workplace. Regarding health knowledge, 46.3% had never heard of urinary incontinence before, and more than half (66.1%) did not know about the existence of medical treatment. All women interviewed (100%) were unaware of the existence of physiotherapeutic treatment. Conclusion:
The prevalence of urinary incontinence was among those interviewed was small, however, the knowledge about the symptoms and possibilities of medical, and mainly physiotherapeutic treatment. is scarce among these women. This study allows to alert and to guide the health professionals and the society about the importance of actions that promote health education in the low income population, besides allowing these women to prevent or seek the appropriate treatment in order to guarantee a better quality of life.
Resumo Introdução:
A incontinência urinária pode afetar a vida da mulher em todos os âmbitos, inclusive no contexto ocupacional, devido a ambientes desfavoráveis, posições incorretas por longos períodos e carregamento de pesos. Outro aspecto preocupante é que o conhecimento em saúde sobre a perda urinária e suas formas de tratamento ainda é pequeno entre a população de baixa renda. Objetivo:
Verificar a prevalência e o conhecimento sobre incontinência urinária e possibilidades de tratamentos entre mulheres trabalhadoras de baixa renda. Métodos:
Trata-se de estudo transversal, realizado em mulheres trabalhadoras em uma empresa frigorífica de aves. Resultados:
Participaram do estudo 136 mulheres com média de idade de 33,7 ± 9,7 anos; índice de massa corporal de 26,6± 5,6 Kg/m2; paridade de 2,1 ± 1,1 filhos; renda mensal de 2,3 ± 1 salários mínimos. Das entrevistadas, 63,9% eram brancas; 44,8% com ensino fundamental incompleto; 52,9% eram solteiras; 53,6% realizaram parto cesárea; e das mulheres que fizeram parto vaginal, 86,6% realizaram episiotomia. A prevalência de perda urinária encontrada foi de 2,9%, e entre as mulheres afetadas, duas relataram que a IU levou a restrição sexual, social, hídrica e ocupacional, sendo que uma delas, acredita que a perda de urina interfere na concentração e na sua produtividade no trabalho. Sobre o conhecimento em saúde, 46,3% nunca ouviram falar sobre o assunto da incontinência, sendo que mais da metade (66,1%) não sabiam da existência de tratamento médico e todas as entrevistadas (100%) não conheciam a existência de tratamento fisioterapêutico. Conclusão:
A prevalência de IU em mulheres trabalhadoras de baixa renda no setor frigorífico foi pequena, entretanto, o conhecimento sobre a incontinência urinária e as possibilidades de tratamento é escasso entre estas mulheres. Este estudo permite alertar e orientar os profissionais da saúde e a sociedade sobre a importância de ações que promovam educação em saúde na população de baixa renda, além de permitir que estas mulheres se previnam ou procurem o tratamento adequado e garantam melhor qualidade de vida.