Yellowish dots in the retina: a finding of ocular syphilis?
Pontos amarelados na retina: um achado da sífilis ocular?

Arq. bras. oftalmol; 77 (5), 2014
Publication year: 2014

Here we report the occurrence of pale yellowish perivascular preretinal dots in 12 patients with ocular syphilis. A case series of these patients was examined between March and October 2012 at the Uveitis Sector of Universidade Federal de São Paulo. After diagnostic confirmation of syphilis, fundus photographs and optical coherence tomography (OCT) were performed to verify the localization of the dots, and patients were treated with IV crystalline penicillin for 14 days. The study comprised 11 men (91.6%), 19 eyes, median presentation age of 38.1 years, and panuveitis as the main clinical manifestation (seven patients, 58.3%), being bilateral in four. Ten patients were taking oral prednisone (83.3%). Serum panels performed by the Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) showed positive results in eight patients (66.7%), whereas VDRL cerebrospinal fluid (CSF) tests were negative in seven of nine collected (77.8%). However, serum FTA-Abs was positive in 100% of patients, and eight patients (66.7%) had HIV infection. The best corrected visual acuity (BCVA) presented after treatment improved in 10 eyes (55.6%), did not change in seven eyes (38.9%), and worsened in one eye (5.6%). Although not yet acknowledged in the literature as a typical manifestation of ocular syphilis, these are very common findings in clinical practice. We believe that preretinal dots are due to perivasculitis secondary to treponema infection. It is important recognize them and remember that syphilis can present in several forms, including the one presented in this study.
Relatar a ocorrência de pontos amarelo-esbranquiçados perivasculares pré-retinianos em 12 pacientes com sífilis ocular. Série de casos de 12 pacientes examinados entre março e outubro de 2012 no setor de uveítes da UNIFESP. Após confirmação diagnóstica de sífilis ocular, retinografias e OCT (optical coherence tomography) foram realizados para verificar a localização dos pontos e os pacientes foram tratados com penicilina cristalina IV por 14 dias. Dados demográficos incluíram 11 homens (91,6%), 19 olhos, mediana de idade de 38,1 anos, e a manifestação clínica principal foi panuveíte (7 pacientes, 58,3%), sendo bilateral em 4. Dez fizeram uso de prednisona oral (83,3%). VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) sanguíneo foi positivo em 8 pacientes (66.7%), VDRL no líquor foi negativo em 7 de 9 coletados (77,8%), FTA-Abs sanguíneo foi positivo em 100% e 8 pacientes (66,7%) eram HIV positivos, AV após tratamento melhorou em 10 olhos (55,6%), não se alterou em 7 (38,9%) e piorou em 1 olho (5,6%). Embora ainda não reconhecida na literatura como uma manifestação típica da sífilis ocular, este achado é muito comum na prática clínica. Acreditamos que esses pontos são devidos a perivasculite secundária à infecção pelo treponema. É importante os reconhecer e lembrar que a sífilis pode se apresentar de várias formas, incluindo essa apresentada aqui.

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