Estimation of body mass index from self-reported measures: what is the validity?
Estimativa do índice de massa corporal a partir de medidas autorreferidas: qual a validade?
J. Phys. Educ. (Maringá); 29 (), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the use of self-reported measures for calculating body mass index (BMI) and nutritional status. A cross-sectional quantitative study was conducted on 1,000 students. Body weight and height were measured by a trained evaluator and were obtained by self-report of the participants. There was a trend towards underestimation of body weight by 0.3 kg and overestimation of height by 1.0 cm, which resulted in lower self-reported BMI compared to measured BMI (p <0.001; r = 0.34). Analysis of agreement with measured BMI showed very high reliability of self-reported BMI. The evaluation of nutritional status based on measured BMI resulted in an increase in the percentage of eutrophic individuals (+2.3%) and a decrease in obese individuals (-3.2%). This decrease was greater among men (-6.1%). A change in nutritional status classification occurred in 14.5% of the participants when evaluated by self-reported BMI. In conclusion, there is good agreement between self-reported and measured BMI, but the results suggest caution in the use of self-reported BMI alone or as a continuous variable. Categorized information seems to be more appropriate for the classification of nutritional status.
RESUMO O objetivo do estudo foi avaliar a utilização de medidas autorreferidas para calcular o índice de massa corporal (IMC) e estado nutricional. Foi realizado um estudo quantitativo transversal com amostra constituída de 1000 estudantes avaliados quanto ao peso corporal e estatura de modo mensurado pelos avaliadores e uma segunda medida informada pelos participantes. Foi identificada uma propensão a subestimação do peso corporal em 0,3 kg e superestimação da estatura em 1,0 cm, o que resultou em um IMC informado (IMC-i) menor que o IMC mensurado (IMC-M) (p < 0,001; r = 0,34). A confiabilidade do IMC-i, quanto à concordância com o IMC-M foi considerada muito alta. A avaliação do estado nutricional segundo o IMC-i resultou em um incremento do percentual de eutróficos (+ 2,3%) e diminuição de obesos (-3,2%), sendo maiores em homens (- 6,1%). Houve mudança na classificação do estado nutricional de 14,5% dos participantes quando avaliados a partir do IMC-i. Conclui-se que há boa concordância entre o IMC-i e IMC-M, porém, os resultados sugerem cautela em seu uso de forma isolada ou como uma variável contínua, parecendo ser mais adequada a utilização da informação categorizada, enquanto classificação de estado nutricional.