J. bras. nefrol; 39 (3), 2017
Publication year: 2017
Abstract Introduction:
Data on impact of high body mass index (BMI) on mortality of patients on peritoneal dialysis (PD), especially among elderly, are inconsistent. Objective:
To evaluate impact of BMI on cohort of incident elderly PD patients over time. Methods:
Prospective multicenter cohort study (December / 2004-October/2007) with 674 patients. Socio-demographic and clinical data evaluated with patients followed until death, transfer to hemodialysis (HD), recovery of renal function, loss of follow-up or transplant. Patients were divided into incident on renal replacement therapy (RRT) for PD (PD first: 230) and transferred from hemodialysis (HD first: 444). Analysis was performed comparing these two groups using chi-square or Kruskal Wallis. Similar analysis was used to compare patients on automated peritoneal dialysis (APD) vs. continuous ambulatory peritoneal dialysis (CAPD). Data were compared between patients according to BMI by ANOVA, Kruskal Wallis or chi-square. For analysis of survival, Kaplan Meier method was used and to adjust confounding variables, Cox regression proportional hazard. Joint model for longitudinal and time-dependent data was conducted, assessing impact that a longitudinal variable displays on time of survival. Results:
Malnourished patients (76.79 ± 7.53 years) were older (p < 0.0001) with higher percentage of death (44.6%, p = 0.001); diabetes mellitus showed high prevalence in obese patients (68%, p < 0.0001); higher blood pressure levels (p = 0.002) were present in obese and overweight patients. Conclusions:
Increased BMI variation over time proved to be a protective factor, with a decrease of about 1% in risk of death for every BMI unit earned.
Resumo Introdução:
Dados sobre o impacto do índice de massa corporal (IMC) sobre mortalidade de pacientes em diálise peritoneal (DP), especialmente entre os idosos, são inconsistentes. Objetivo:
Avaliar o impacto do IMC sobre a mortalidade de coorte de pacientes incidentes idosos em DP ao longo do tempo. Métodos:
Estudo de coorte prospectivo multicêntrico (dezembro de 2004 a outubro de 2007), com 674 pacientes. Avaliados dados sociodemográficos, clínicos e pacientes acompanhados até morte, transferência para hemodiálise (HD), recuperação da função renal, perda de seguimento ou transplante. Pacientes foram divididos em incidentes em terapia renal substitutiva por PD (230) e transferidos da hemodiálise (444). A análise foi feita comparando estes dois grupos usando Qui-Quadrado ou Kruskal Wallis. Análise semelhante foi utilizada para comparar os pacientes em diálise peritoneal automatizada vs. diálise peritoneal ambulatorial contínua. Os dados foram comparados entre pacientes de acordo com o IMC por ANOVA, Kruskal Wallis ou Qui-Quadrado. Para análise de sobrevivência, método de Kaplan Meier foi utilizado e, para ajustar variáveis confundidoras, usada regressão de Cox. Um modelo conjunto para dados longitudinais tempo-dependente foi utilizado, avaliando o impacto de variações longitudinais sobre a sobrevida. Resultados:
Pacientes desnutridos (76,79 ± 7,53 anos), eram mais velhos (p < 0,0001) e apresentaram maior mortalidade (44,6%, p = 0,001). Diabetes mellitus foi mais prevalente em obesos (68%, p < 0,0001); níveis mais elevados de pressão arterial (p = 0,002) também foram mais frequentes em obesos e com sobrepeso. Conclusão:
A variação positiva do IMC ao longo do tempo provou ser um fator de proteção, com uma diminuição de cerca de 1% no risco de morte por unidade de elevação do IMC.