Impact of an early physiotherapy program after kidney transplant during hospital stay: a randomized controlled trial
Impacto de um programa precoce de fisioterapia após transplante renal durante a internação: um estudo clínico randomizado controlado

J. bras. nefrol; 39 (4), 2017
Publication year: 2017

Abstract Introduction:

Cardiorespiratory and musculoskeletal dysfunctions are common in the postoperative period of kidney transplant patients and are often accompanied by low exercise tolerance.

Objective:

The purpose of this study was to evaluate the impact of an early physiotherapy program during hospital stay on functional capacity and peripheral and respiratory muscle strength after kidney transplant.

Methods:

An open, randomized clinical trial was conducted in patients undergoing living donor kidney transplant. Sixty-three patients were included (intervention group-IG: n = 30; control group-CG: n = 33). IG received an early physiotherapy program from first postoperative day until hospital discharge and CG received standard care. The variables of interest were measured preoperatively and at discharge except for respiratory muscle strength and vital capacity (VC), which were also measured on the first postoperative day. Functional capacity was evaluated through six-minute walk test (6MWT); peripheral and respiratory muscle strength using a dynamometer and manovacuometer, respectively; and VC through spirometer.

Results:

After surgery, there was a reduction in functional walking capacity and peripheral muscle strength without different between groups (p > 0.05); however, respiratory muscle strength was significantly higher in IG (p < 0.001) at hospital discharge, when comparing with CG.

Conclusions:

An early physiotherapy program during hospitalization for patients undergoing living donor kidney transplant caused a lower reduction in respiratory muscle strength and without additional benefits in the functional capacity, when compared to a control group, although the clinical relevance of this finding is uncertain.

Resumo Introdução:

Distúrbios cardiorrespiratórios e musculoesqueléticos são comuns no período pós-operatório de pacientes de transplante renal, e são frequentemente acompanhados por baixa tolerância a exercícios.

Objetivo:

O presente estudo pretendeu avaliar o impacto de um programa precoce de fisioterapia durante a internação sobre a capacidade funcional e força muscular periférica e respiratória após transplante renal.

Métodos:

Foi realizado um estudo clínico randomizado aberto com pacientes submetidos a transplantes renais com doadores vivos. Sessenta e três pacientes foram incluídos (grupo de intervenção GI: n = 30; grupo de controle - GC: n = 33). O GI recebeu o programa precoce de fisioterapia a partir do primeiro dia de pós-operatório até a alta hospitalar e o GC recebeu tratamento padrão. As variáveis de interesse foram medidas no pré-operatório e na alta, exceto por força muscular respiratória e capacidade vital (CV), que foram medidas no primeiro dia de pós-operatório. A capacidade funcional foi avaliada através do teste da caminhada dos seis minutos (TC6); força muscular periférica e respiratória com o uso de um dinamômetro e um manovacuômetro, respectivamente; e a CV por meio de um espirômetro.

Resultados:

Após a cirurgia houve reduções na capacidade funcional de caminhar e na força muscular respiratória sem diferenças entre os grupos (p > 0,05); contudo, a força muscular respiratória foi significativamente mais elevada no GI (p < 0,001) no momento da alta hospitalar em comparação ao GC.

Conclusões:

O programa precoce de fisioterapia oferecido durante a internação dos pacientes submetidos a transplantes renais com doadores vivos produziu uma menor redução da força muscular respiratória e não resultou em benefícios adicionais na capacidade funcional, apesar da relevância clínica desse achado ser incerta.

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