J. bras. pneumol; 43 (4), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT Objective:
To evaluate and compare subjective sleep quality in medical students across the various phases of the medical course. Methods:
This was a cross-sectional study involving medical undergraduates at one medical school in the city of Botucatu, Brazil. All first- to sixth-year students were invited to complete the Pittsburgh Sleep Quality Index, which has been validated for use in Brazil. Participants were divided into three groups according to the phase of the medical course:
group A (first- and second-years); group B (third- and fourth-years); and group C (fifth- and sixth-years). The results obtained for the instrument components were analyzed for the total sample and for the groups. Results:
Of the 540 students invited to participate, 372 completed the instrument fully. Of those, 147 (39.5%) reported their sleep quality to be either very or fairly bad; 110 (29.5%) reported taking more than 30 min to fall asleep; 253 (68.0%) reported sleeping 6-7 h per night; 327 (87.9%) reported adequate sleep efficiency; 315 (84.6%) reported no sleep disturbances; 32 (8.6%) reported using sleeping medication; and 137 (36.9%) reported difficulty staying awake during the day at least once a week. Group comparison revealed that students in group A had worse subjective sleep quality and greater daytime dysfunction than did those in groups B and C. Conclusions:
Medical students seem to be more exposed to sleep disturbance than other university students, and first- and second-years are more affected than those in other class years because they have worse subjective sleep quality. Active interventions should be implemented to improve sleep hygiene in medical students.
RESUMO Objetivo:
Avaliar a percepção subjetiva de qualidade de sono em estudantes de medicina, comparando as diferentes fases do curso. Métodos:
Estudo transversal envolvendo todos os estudantes entre o 1º e o 6º ano da graduação em medicina em uma universidade na cidade de Botucatu (SP), que foram convidados a responder o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, validado para uso no Brasil. Os resultados dos componentes do índice foram avaliados na amostra global e em três grupos de acordo com o ciclo do curso:
básico (1º e 2º anos), de fisiopatologia (3º e 4º anos) e de internato clínico (5º e 6º anos). Resultados:
Dos 540 estudantes convidados, 372 responderam o instrumento adequadamente. Desses, 147 (39,5%) relataram ter uma qualidade de sono ruim ou muito ruim, 110 (29,5%) demoram mais de 30 min para conseguir dormir, 253 (68,0%) dormem de 6-7 h por noite, 327 (87,9%) relataram ter eficiência do sono adequada, 315 (84,6%) não indicavam ter distúrbios do sono, 32 (8,6%) relataram fazer uso de medicamentos para dormir, e 137 (36,9%) apresentavam dificuldades em se manter acordados durante o dia ao menos uma vez por semana. Na comparação entre os grupos, os alunos do ciclo básico apresentaram uma pior percepção da qualidade subjetiva do sono e de disfunção diurna que os outros alunos. Conclusões:
Estudantes de medicina parecem estar mais expostos a distúrbios de sono, sendo aqueles nos anos iniciais mais afetados por apresentar uma percepção pior de sono. Intervenções ativas devem ser implantadas para melhorar a higiene do sono desses alunos.