J. coloproctol. (Rio J., Impr.); 38 (1), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective:
This study was conducted to evaluate the effects of "biofeedback" (BF), electrostimulation (ES), and of the high-fiber diet associated with behavioral therapy in women with obstructed evacuation and paradoxical puborectalis contraction and to compare the results among these three modalities. Method:
Thirty-one women were evaluated who fulfilled the Rome III Criteria, and with an electromanometric test positive for the presence of contraction in the evacuation maneuver. These patients were randomized into three groups:
group I - conventional treatment of constipation, group II - conventional treatment of constipation associated with biofeedback and group III - conventional treatment of constipation associated with electrostimulation. At the beginning of this study and after six weeks, subjective and objective parameters of the anorectal function were evaluated using the Wexner constipation scoring system, the Bristol scale, an visual analogical scale, and anorectal electromanometry. Results:
All patients demonstrated improvement in bowel satisfaction, stool frequency, effort and feeling of incomplete evacuation, stool-type modifications, and improvement in the quality of life. On examination, there was increased mean pressure of voluntary contraction in group III (p = 0.043), decreased sensitivity threshold in group II (p = 0.025) and III (p = 0.012) and decreased maximum rectal capacity in group II (p = 0.005). Only 19.4% (n = 6) had their dynamic defecation normalized, and 80.6% (n = 25) expressed clinical, non-instrumental, improvement. Conclusion:
The conventional treatment of constipation, biofeedback and electrostimulation show a significant subjective improvement in symptoms of obstructed evacuation and in quality of life, regardless of the reversal of the paradoxical puborectalis contraction.
RESUMO Objetivo:
Verificar os efeitos imediatos do "biofeedback" (BF), eletroestimulação (EE) e da dieta rica em fibras associada à terapia comportamental em mulheres com sintomas de evacuação obstruída e com contração paradoxal da musculatura puborretal e comparar os resultados entre as três modalidades. Métodos:
Foram avaliadas 31 mulheres, que preenchiam os critérios de Roma III e que, ao exame eletromanométrico, apresentaram contração à manobra evacuatória. Essas pacientes foram randomizadas e sorteadas em três grupos:
grupo I - tratamento convencional da constipação (TCC), grupo II - TCC associado ao BF, e grupo III - TCC associado à EE. No início do estudo e após seis semanas, foram avaliados os parâmetros subjetivos e objetivos da função anorretal, por meio do sistema de pontuação para constipação de Wexner, escala de Bristol, escala analógica visual e eletromanometria anorretal. Resultados:
As pacientes demonstraram melhora da satisfação intestinal, frequência evacuatória, esforço e sensação de evacuação incompleta, modificações do tipo de fezes e melhora da qualidade de vida. Houve aumento da pressão média de contração voluntária no grupo III (p = 0,043), diminuição do limiar de sensibilidade nos grupos II (p = 0,025) e III (p = 0,012) e diminuição da capacidade retal máxima no grupo II (p = 0,005). 19,4% (n = 6) normalizaram a dinâmica evacuatória, e 80,6% (n = 25) expressaram melhora clínica e não instrumental. Conclusão:
O TCC, BF e a EE apresentam melhora subjetiva significante dos sintomas da evacuação obstruída e da qualidade de vida, independente da reversão da contração paradoxal da musculatura puborretal.