Bioecology and movements of bull sharks, Carcharhinus leucas, caught in a long-term longline survey off northeastern Brazil
Neotrop. ichthyol; 15 (3), 2017
Publication year: 2017
A robust understanding of habitat usage by coastal shark species, and how it overlaps with human presence in densely-populated regions is needed to inform the development of efficient conservation strategies for these important top predators. An intensive longline survey conducted in nearshore waters off northeastern Brazil from 2004 through 2014 caught a total of 18 bull sharks (Carcharhinus leucas) (male-female ratio = 0.
63:
1), which can be dangerous to humans. Although most sharks were sexually mature, there was no evidence that this region could be used as a parturition or nursery area. Prey items identified in the guts of the sharks comprised teleosts, mollusks and elasmobranchs. Additionally, one satellite-tagged bull shark covered a great distance (> 3,000 km) in 75 days at liberty, making most use of shallow waters (< 20 m depth) and presumably also entering an estuarine area. Although bull sharks are not an important fishery resource in this region, such a reduced abundance coupled with its affinity for coastal and inshore habitats highlights the potential vulnerability of C. leucas to deleterious anthropic interferences off northeastern Brazil.(AU)
Um melhor entendimento sobre a utilização de hábitat das espécies de tubarões costeiros, e como ela se sobrepõe à presença humana em regiões altamente populosas, se faz necessário a fim de subsidiar o desenvolvimento de eficientes medidas de conservação para esses importantes predadores de topo. Um estudo intensivo utilizando espinhel, conduzido em águas costeiras do nordeste do Brasil entre os anos de 2004 e 2014, capturou um total de 18 tubarões cabeça-chata (Carcharhinus leucas) (proporção macho-fêmea = 0,63:1), os quais podem ser perigosos para humanos. Apesar da maioria dos tubarões estarem sexualmente maduros, não houve evidências de que essa região esteja sendo utilizada como uma área de parto ou berçário. Entre os itens alimentares identificados foram encontrados teleósteos, moluscos e elasmobrânquios. Além disso, um tubarão cabeça-chata marcado com um transmissor satélite percorreu uma grande distância (> 3.000 km) em 75 dias em liberdade, fazendo o uso de águas superficiais (< 20 m profundidade) e presumivelmente entrando em uma área estuarina. Apesar de os tubarões cabeça-chata não corresponderem a um recurso pesqueiro importante nessa região, tal reduzida abundância juntamente com a sua afinidade por hábitats costeiros reforçam a potencial vulnerabilidade de C. leucas às interferências antrópicas deletérias ao longo da costa nordeste do Brasil.(AU)