Sobre aquilo que se pode viver aos 80: um estudo de caso acerca da velhice institucionalizada
About what can be lived at 80 years: a case study about old age institutionalized
Acerca de lo que puede vivir a los 80 años: un estudio de caso de los ancianos institucionalizados

Pesqui. prát. psicossociais; 12 (2), 2017
Publication year: 2017

Com este artigo buscamos retratar o estudo de caso de Marisa, uma idosa de 80 anos residente em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (Ilpis), participante de uma pesquisa de mestrado. O objetivo é trazer reflexões sobre a velhice institucionalizada conforme o referencial teórico da Psicanálise, cujas contribuições nos fazem pensar em possibilidade de se exercer a subjetividade mesmo nessa fase da vida que é, em geral, desinvestida e em lugares em que a literatura aponta como de empobrecimento subjetivo. Por meio da narrativa de Marisa, podemos perceber que é possível ser sujeito em uma Ilpi, desde que esses espaços proporcionem escuta para as angústias do velho e permitam que haja formação e manutenção de laços afetivos. Ressaltamos que a forma com que Marisa pensa e vive sua velhice não é representante de um universal, mas uma possibilidade singular de existência subjetiva.
With this article we seek to portray the case study of Marisa, an elderly 80-year resident in a Long Stay Institution for the Elderly (ILPIs), participant of a master's research. The goal is to bring thoughts on the institutionalized old age employing the theoretical framework of psychoanalysis, whose contributions make us think of the possibility to exercise subjectivity even at that generally disinvested stage of life and in places where the literature indicates a subjective impoverishment. By Marisa narrative we can see that is possible to be a subject in an ILPI, since these spaces provide listening to the old anxieties and let there be training and to maintain emotional ties. We emphasize that the way that Marisa thinks and lives her old age are not an universal, but a singular possibility of subjective existence.
Con este artículo se pretende retratar el estudio de caso de Marisa, una anciana de 80 años residente de una Institución para Ancianos (ILPIs), participante de la investigación. El objetivo es pensar la vejez en institución con el marco teórico del psicoanálisis, cuyas contribuciones nos hacen pensar en la posibilidad de ejercer la subjetividad, incluso en esta etapa de la vida que ES, en general, desinvestido y en lugares donde la literatura apunta el empobrecimiento subjetivo. Con narrativa de Marisa podemos ver que se puede ser sujeto en un ILPI, cuando estos espacios ofrecen escuchar las viejas ansiedades y hágase la formación y el mantenimiento de los lazos emocionales. Vale decir que la forma con la cual Marisa piensa y vive su vejez no es representativa de un universal, pero de una posibilidad singular de existencia subjetiva.

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