Sem-terra com terra: resistências cotidianas no assentamento de Araras-SP
Landless with land: everyday resistance in the settlement of Araras-SP
Sin-tierra con tierra: resistencias cotidianas en el asentamiento de Araras-SP

Pesqui. prát. psicossociais; 12 (2), 2017
Publication year: 2017

O presente artigo pretende contribuir para o debate sobre o direito à terra e para a discussão relativa à centralidade dos movimentos sociais do campo, trazendo elementos de uma pesquisa de doutorado realizada em um assentamento localizado na cidade de Araras-SP. Neste artigo, será apresentado um recorte dessa pesquisa, dando ênfase à discussão sobre as possibilidades de resistências cotidianas encontradas nesse contexto. O estudo foi desenvolvido partir do método etnográfico e a análise das informações coletadas em campo foi realizada com base nos pressupostos teóricos da Psicologia Comunitária. Os resultados da pesquisa indicam que os processos de articulação coletiva são centrais para a organização produtiva e o principal elemento que sustenta a permanência dos(as) assentados(as) na terra. Portanto, o fortalecimento dessas duas esferas - a organização produtiva e a organização social - é determinante para a prosperidade do assentamento e para a permanência desse coletivo de assentados(as) em seus lotes.
This paper wishes to contribute with the debate about the social struggles for land and with the discussions about the centrality of the rural social movements, bringing elements of a doctoral research conducted in a settlement located in Araras city, São Paulo, Brazil. In this article, an excerpt of this research will be presented, emphasizing the discussion about the possibilities of everyday resistance encountered in this context. This study was conducted by the ethnographic method and the analysis of information collected in the field is grounded on the Community Psychology theoretical assumptions. The research results indicate that collective articulation processes are central for the productive organization and are the main element to keep the settlers in the land. Therefore, the strengthening of these two spheres - the productive organization and social organization - is determinant for the settlement prosperity and for maintaining this collective of settlers in their plots of land.
Este trabajo pretende contribuir en el debate sobre el derecho a la tierra y en la discusión sobre la centralidad de los movimientos sociales del campo, apuntando elementos de una investigación doctoral llevada a cabo en un asentamiento de reforma agraria ubicado en la ciudad de Araras-SP. En este artículo será presentada una parte de este estudio, haciendo hincapié en la discusión sobre las posibilidades de resistencia cotidiana encontradas en este contexto. El estudio fue desarrollado con el método etnográfico y la análisis de las informaciones fueran discutidas con base en los presupuestos teóricos de la Psicología Comunitaria. Los resultados de la investigación indican que los procesos de articulación colectiva son centrales para la organización productiva y son el principal elemento que sustenta la permanencia de los/las asentados(as) en la tierra. Por lo tanto, el fortalecimiento de cualquiera de estas dos esferas - la organización productiva y también la organización social - es determinante para la prosperidad del asentamiento y para la permanencia del colectivo de asentados(as) en sus lotes de tierra.

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