É possível a hermenêutica analógica se constituir em um marco filosófico apropriado para a psicanálise?
¿Puede la hermenéutica analógica constituirse en un marco filosófico apropiado para el psicoanálisis?
Est-il possible l'herméneutique analogique se constituer dans une marque philosophique appropriée à la psychanalyse ?
Can the analogical hermeneutics be a suitable philosophical mark for psychoanalysis?
Psicol. USP; 29 (1), 2018
Publication year: 2018
Resumo Este artigo analisa as pretensões dos adeptos da hermenêutica analógica por se constituirem em um fundamento epistemológico necessário para a psicanálise. Primeiramente, são expostas as razões para o desembarque da tradição hermenêutica no campo freudiano, vinculando as críticas filosóficas que, em meados do século XX, foram feitas à psicanálise e a saída que vários analistas encontraram nos precursores filosóficos da hermenêutica contemporânea. Conceitualiza-se a renovada tentativa para redefinir a identidade epistêmica da psicoanálise atualmente a partir dos desenvolvimentos da hermenêutica analógica de Mauricio Beuchot. Em segundo lugar, apresentam-se algumas objeções críticas que impediriam essa reformulação e são defendidas por apoiarem as tensões metateóricas inerentes ao programa freudiano, potencializando sua fecundidade para avançar na busca por melhores fundamentos para a racionalidade da clínica psicoanalítica.
Resumen Este artículo analiza las pretensiones de los partidarios de la hermenéutica analógica por constituirse en un fundamento epistemológico necesario para el psicoanálisis. Primero se exponen las razones del desembarco de la tradición hermenéutica en el campo freudiano, vinculando las críticas filosóficas que a mediados del siglo veinte se hicieron al psicoanálisis y la salida que varios analistas encontraron en los precursores filosóficos de la hermenéutica contemporánea. Se conceptualiza el renovado intento por redefinir la identidad epistémica del psicoanálisis en la actualidad, a partir de los desarrollos de la hermenéutica analógica de Mauricio Beuchot. En segundo lugar, se presentan algunas objeciones críticas que impedirían efectuar esa reformulación y se aboga por sostener las tensiones metateóricas inherentes al programa freudiano, potenciando su fecundidad para avanzar en la búsqueda de mejores fundamentos para la racionalidad de la clínica psicoanalítica.
Résumé Cet article analyse les prétentions des partisans de l'herméneutique analogique pour se constituer dans un base épistémologique nécessaire à la psychanalyse. D'abord, on expose les raisons pour l'apparition de la tradition herméneutique dans le champs freudien, en liant les critiques philosophiques qui, au milieu du XXe siècle, ont été proposées à la psychanalyse et la solution que plusieurs analystes ont rencontré dans les précurseurs philosophiques de l'herméneutique contemporaine. On conceptualise la tentative renouvelée pour redéfinir l'identité epistémique de la psychoanalyse actuellement à partir des développement de l'herméneutique analogique de Mauricio Beuchot. Après, on présente quelques objections critiques qui ont empêché cette reformulation et sont défendues pour supporter les tensions métathéorique inhérentes au programme freudien, en potentialisant sa fécondité afin d'avancer dans la quête pour des bases meilleurs à la rationalité de la clinique psychoanalytique.
Abstract This article examines the claims of analogical hermeneutics supporters that this is an epistemological basis which is necessary for psychoanalysis. Firstly, reasons for the landing of the hermeneutic tradition in the Freudian field are exposed, associating it with the philosophical criticism on psychoanalysis in the middle 20th century and with the 'way out' many analysts found in the philosophical precursors of the contemporary hermeneutics. A new attempt to redefine the epistemic identity of psychoanalysis in the topicality is conceptualized as from the developments of the analogical hermeneutics of Mauricio Beuchot. Secondly, some critical objections that would prevent these reformulations are presented and defended, as they support the meta-theoretical tensions inherent to the Freudian program, thus potentializing its fertility to advance in the search for better fundamentals for the psychoanalytical clinic's rationality.