What clinical, functional, and psychological factors before treatment are predictors of poor quality of life in cancer patients at the end of chemotherapy?
Que fatores clínicos, funcionais e psíquicos antes do tratamento são preditores de baixa qualidade de vida em pacientes oncológicos ao término da quimioterapia?

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 63 (11), 2017
Publication year: 2017

Summary Objective:

To correlate physical activity level (PAL), functional capacity and psychological state with quality of life (QoL) in cancer patients undergoing chemotherapy (CT).

Method:

Observational cohort study. Patients (n=121) with any primary cancer site with indications of chemotherapy with palliative or curative intent were evaluated at three moments: 1) patient admission (week 0), before chemotherapy; 2) week 8; 3) end of CT. Data were collected regarding QoL, PAL, clinical data, functional capacity (short walking distance test, sitting-rising test, isometric manual gripping force), and anxiety and depression tests.

Results:

There was significant improvement at the end of CT for: level of physical activity; walk test (> 500 meters); sitting-rising test (> 20x). There was a significant reduction in the prevalence of moderate/severe depression. The prevalence of high QoL showed a significant increase in evaluation 3 (42.4% vs. 40.0% vs. 59.2%, p=0.02). Education up to high school level, low PAL, walking < 300 meters, sitting and rising < 20 times, having depression (moderate to severe) and QoL that was not high at the start of treatment (week 0) all proved to be risk factors for low quality of life at week 16. Conversely, early staging, curative intent chemotherapy and low-grade symptoms were shown to be protective factors.

Conclusion:

Performing less than 20 movements in the sitting-rising test and low PAL at the start of chemotherapy represent independent risk factors for low quality of life at the end of chemotherapy.

Resumo Objetivo:

Correlacionar nível de atividade física (NAF), capacidade funcional, estado psicológico com qualidade de vida (QdV) de pacientes com câncer em tratamento quimioterápico (QT).

Método:

Estudo de coorte observacional. Pacientes (n=121) com qualquer sítio primário de câncer, com indicação de quimioterapia com intuito paliativo ou curativo foram avaliados em three momentos: 1) admissão do paciente (semana 0), antes da quimioterapia; 2) semana 8; 3) ao término da QT. Foram coletados dados sobre QdV, NAF, dados clínicos, testes de capacidade funcional (teste de curta distância de caminhada, teste de sentar/levantar, força de preensão manual isométrica) e testes de ansiedade e depressão.

Resultados:

Houve melhora significativa ao término da QT para: nível de atividade física; teste de caminhada (> 500 metros); teste de sentar e levantar (> 20x). Notou-se redução significativa da prevalência de depressão moderada/grave. A prevalência de QdV elevada apresentou aumento significativo na avaliação 3 (42,4% vs. 40,0% vs. 59,2%; p=0,02). Escolaridade até nível médio, baixo NAF, caminhar < 300 metros, sentar e levantar < 20 vezes, ter depressão do humor (moderado a grave) e QdV não elevada no início do tratamento (semana 0) foram fatores de risco para baixa qualidade de vida na semana 16. Inversamente, estadiamento precoce, intuito de quimioterapia curativo, baixa escala de sintomas foram fatores de proteção.

Conclusão:

Realizar menos de 20 movimentos no teste de sentar e levantar e possuir baixo NAF no início do tratamento quimioterápico representam fatores de riscos independentes para baixa qualidade de vida ao fim da quimioterapia.

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