Practices and obstetric interventions in women from a state in the Northeast of Brazil
Práticas e intervenções obstétricas em mulheres de um estado do Nordeste brasileiro

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 63 (12), 2017
Publication year: 2017

Summary Objective:

To describe practices and interventions used during labor and childbirth and factors associated with such practices in puerperae in the state of Sergipe.

Method:

A cross-sectional study with 768 postpartum women from 11 maternity hospitals interviewed 6 hours after delivery, and hospital records review. The associations between best practices and interventions used during labor and delivery with exposure variables were described using simple frequencies, percentages, crude and adjusted odds ratio (ORa) with the confidence interval.

Results:

Of the women in the study, 10.6% received food and 27.8% moved during labor; non-pharmacological methods for pain relief were performed in 26.1%; a partogram was filled in 39.4% of the charts; and an accompanying person was present in 40.6% of deliveries. Oxytocin, amniotomy and labor analgesia were used in 59.1%, 49.3% and 4.2% of women, respectively. Lithotomy position during childbirth was used in 95.2% of the cases, episiotomy in 43.9% and Kristeller maneuver in 31.7%. The variables most associated with cesarean section were private financing (ORa=4.27, 95CI 2.44-7.47), higher levels of education (ORa=4.54, 95CI 2.56-8.3) and high obstetric risk (ORa=1.9, 95CI 1.31-2.74). Women whose delivery was funded privately were more likely to have an accompanying person present (ORa=2.12, 95CI 1.18-3.79) and to undergo labor analgesia (ORa=4.96, 95CI 1.7-14.5).

Conclusion:

Best practices are poorly performed and unnecessary interventions are frequent. The factors most associated with c-section were private funding, greater length of education and high obstetric risk.

Resumo Objetivo:

Descrever as práticas e intervenções utilizadas durante o trabalho de parto e o parto e fatores associados em puérperas do estado de Sergipe.

Método:

Estudo transversal com 768 puérperas das 11 maternidades do estado com entrevista após 6h do parto e dados do prontuário da puérpera e dos recém-nascidos. As associações entre as boas práticas e intervenções utilizadas durante o trabalho de parto e o parto com as variáveis de exposição foram descritas em frequências simples, percentuais, razões de chances brutas e ajustadas (ORa) com o intervalo de confiança.

Resultados:

Das mulheres estudadas, 10,6% receberam alimentos e 27,8% movimentaram-se durante o trabalho de parto; medidas não farmacológicas para alívio da dor foram realizadas em 26,1%; o partograma estava preenchido em 39,4% dos prontuários; o acompanhante esteve presente em 40,6% dos partos. O uso de ocitocina, amniotomia e analgesia ocorreram em 59,1%, 49,3% e 4,2% das mulheres, respectivamente. O parto ocorreu na posição de litotomia em 95,2% dos casos, houve episiotomia em 43,9% e manobra de Kristeller em 31,7%. Os fatores mais associados à cesariana foram ser usuárias do setor privado de saúde (ORa=4,27; 95CI 2,44-7,47), ter maior escolaridade (ORa=4,54; 95CI 2,56-8,3) e alto risco obstétrico (ORa=1,9; 95CI 1,31-2,74). Usuárias do setor privado tiveram maior presença do acompanhante (ORa=2,12; 95CI 1,18-3,79) e analgesia (ORa=4,96; 95CI 1,7-14,5).

Conclusão:

Boas práticas obstétricas são pouco utilizadas e intervenções desnecessárias são frequentes, e os fatores mais associados à cesariana foram ser usuária do setor privado de saúde, ter maior escolaridade e alto risco obstétrico.

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