Opioids and immunosupression in oncological postoperative patients
Opioides e imunossupressão em pacientes oncológicos pós-cirúrgicos
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 63 (9), 2017
Publication year: 2017
Summary Introduction:
Recent animal studies demonstrated immunosuppressive effects of opioid withdrawal resulting in a higher risk of infection. The aim of this study was to determine the impact of remifentanil discontinuation on Post-Anesthesia Care Unit (PACU)-acquired infection after a schedule of sedoanalgesia of at least 6 days.Method:
All patients over 18 years of age with a unit admission of more than 4 days were consecutively selected. The study population was the one affected by surgical pathology of any origin where sedation was based on any hypnotic and the opioid remifentanil was used as analgesic for at least 96 hours in continuous perfusion. Patients who died during admission to the unit and those with combined analgesia (peripheral or neuroaxial blocks) were excluded. Bivariate analysis was performed to determine risk factors for infection acquired in the unit. A comparative study between periods of 6 days before and after the cessation of remifentanil was performed. Paired samples test and McNemar test was used for quantitative and categorical variables, respectively.Results:
There were 1,789 patients admitted to the PACU during the study and the population eligible was constituted for 102 patients. The incidence rate of PACU-acquired infection was 38 per 1,000 PACU days. Ventilator-associated pneumonia was the most frequently diagnosed PACU-acquired infection. Pseudomona aeruginosa was the most frequently isolated microorganism. Hospital mortality was 36.27%. No statistically significant differences were seen in the incidence of HAI in cancer patients in relation to discontinuation of remifentanil (p=0.068).Conclusion:
The baseline state of immunosuppression of cancer patients does not imply a higher incidence of HAI in relation to the interruption of remifentanil. It would be of interest to carry out a multicenter PACU study that included immunological patterns.Resumo Introdução:
Recentes pesquisas utilizando animais demonstraram efeitos imunossupressores depois da suspensão de opiáceos, associados a um maior risco de infecção nosocomial. O objetivo desta investigação foi determinar o impacto da interrupção do opioide remifentanilo em uma Unidade de Reanimação Pós-cirúrgica (URP) nas infecções associadas aos cuidados da saúde depois de uma pauta de sedoanalgesia de ao menos 6 dias.Método:
Foram relacionados de forma consecutiva todos os pacientes maiores de 18 anos com internação na unidade superior a 4 dias. A população investigada foi aquela afetada por patologia cirúrgica de qualquer origem, na qual a sedação esteve baseada em qualquer hipnótico e como analgésico, foi utilizado o opioide remifentanilo durante pelo menos 96 horas em perfusão contínua. Foram excluídos os pacientes que faleceram durante a internação na unidade e aqueles com analgesia combinada (bloqueios periféricos ou neuroaxiais). Foi realizada uma análise bivariante para determinar fatores de risco para a infecção adquirida na unidade. Foi realizada uma investigação comparativa entre períodos dos 6 dias anteriores e posteriores à interrupção de remifentanilo. Utilizamos o teste de amostras pareadas e a prova de McNemar para as variáveis quantitativas e categóricas, respectivamente.Resultados:
O número de pacientes internados na URP durante o período de investigação foi de 1.789. Depois de aplicar os critérios de inclusão e exclusão, a população elegível ficou constituída por 102 pacientes. A densidade de incidência de infecção de forma global foi de 38 por cada 1.000 dias de internamento. A pneumonia associada à ventilação mecânica foi a infecção adquirida mais frequente e Pseudomona aeruginosa, o micro-organismo mais frequentemente isolado. A mortalidade hospitalar foi de 36,27%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na incidência de IACS em pacientes oncológicos em relação à descontinuação de remifentanilo (p=0,068).Conclusão:
O estado basal de imunossupressão dos pacientes oncológicos não implica uma maior incidência de IACS em relação à interrupção do remifentanilo. Seria interessante a realização de uma investigação multicêntrica de URP que incluísse padrões imunológicos.
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